Após a conclusão de “House of the Dragon“, em agosto, George R.R. Martin prometeu que postaria em seu blog pessoal um texto pontuando os erros da segunda temporada da série. Nesta quarta-feira (4), o autor cumpriu a promessa e fez a postagem. Entretanto, apagou o texto logo depois.
No texto, George criticou, principalmente, a história de “Fogo & Sangue” e a adaptação de “Sangue & Queijo”, na qual um bebê morreu, sem grande impacto. Para ele, o terceiro filho de Aegon e Helaena, Maelor, que ficou apenas nas páginas do livro, foi uma perda importante para as telas. “Ele é uma criança pequena, não tem uma linha de diálogo, não faz nada de importante além de morrer… mas onde, quando e como [ele morre], isso importa”, começou o autor, mostrando preocupação sobre o futuro da atração televisiva.
“Perder Maelor enfraqueceu o final da sequência de Sangue e Queijo, mas também nos custou a cena de Bitterbridge com todo seu horror e heroísmo, minou a motivação para o suicídio de Helaena, e isso por sua vez enviou milhares para as ruas e becos, gritando por justiça para sua rainha ‘assassinada’. Nada disso é essencial, eu suponho… mas tudo isso serve a um propósito, tudo ajuda a amarrar as linhas da história”, continuou.
O autor comentou que foi contra as mudanças, e conversou com Ryan Condal, co-criador e showrunner da série: “Eu argumentei contra isso, por todos esses motivos, mas não argumentei por muito tempo, nem com muita veemência. A mudança enfraqueceu a sequência, eu senti, mas só um pouco”.
Ele ainda apontou as motivações para terem seguido com a existência apenas dos gêmeos Jaehaerys e Jaehaera, deixando o irmão Maelor no esquecimento. “Ryan tinha o que pareciam ser razões práticas para isso; eles não queriam lidar com a escalação de outra criança, especialmente uma criança de dois anos. Crianças tão novas inevitavelmente desacelerariam a produção, e haveria implicações no orçamento”, revelou.
Entretanto, George disse que o showrunner o convenceu de que a existência do príncipe Maelor não estava extinta da trama. “Ryan me garantiu que não estávamos perdendo o príncipe Maelor, apenas o adiando. A rainha Helaena ainda poderia dar à luz a ele na terceira temporada, presumivelmente depois de engravidar no final da segunda temporada. Isso fez sentido para mim, então retirei minhas objeções e concordei com a mudança”, completou.
Ele concluiu a postagem dizendo que, caso a série siga os caminhos tomados até então, os fãs podem aguardar mais problemas nas próximas temporadas. Logo depois, o autor apagou o post, e a HBO se pronunciou, por meio de uma nota. Leia:
“Existem poucas pessoas tão fãs de George R.R. Martin e seu livro ‘Fogo & Sangue’ quanto a equipe criativa de ‘A Casa do Dragão’, tanto na produção quanto na HBO. Normalmente, ao adaptar um livro para as telas, com formato e limitações próprias, o showrunner acaba sendo obrigado a fazer escolhas difíceis sobre os personagens e histórias que o público acompanhará. Acreditamos que Ryan Condal e sua equipe fizeram um trabalho extraordinário e os milhões de fãs que a série acumulou ao longo das duas primeiras temporadas continuarão a aproveitá-la”.
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