Nesta terça-feira (12), a ligação de Jonathan Majors para o 911 (serviço de emergência dos EUA) foi revelada durante o julgamento do ator por suposta agressão à ex-namorada Grace Jabbari. A gravação revelou novos detalhes sobre o incidente que resultou na prisão do ex-astro da Marvel, como sua afirmação de que a ex-namorada teria tentado suicídio.
Jabbari alegou que Majors a agrediu no banco de trás de um carro em 25 de março e o caso tem corrido na Justiça norte-americana desde então. Segundo relato da Variety, na audiência de ontem, a gravação do pedido de socorro de Majors revelou que o ator alegou que Jabbari tentou tirar a própria vida após o rompimento do relacionamento. Apesar da evidência não ter sido divulgada ao público, o veículo detalhou parte do que foi dito na gravação.
Na conversa com os despachantes do 911, ele afirmou que a então parceira insinuou que tentaria o suicídio, pouco antes de Jonathan encontrá-la inconsciente no chão do apartamento dele. O áudio mostra o ator dizendo “ela está inconsciente”, “ela é minha ex-parceira” e explicando que ele passou a noite em um hotel.
Questionado se estava com Jabbari antes do ocorrido, ele afirma que Grace o trancou para fora de sua cobertura em Manhattan. O ator precisou da ajuda do porteiro do prédio para entrar na residência, onde teria encontradoo Grace desmaiada em seu armário. Na gravação, ele diz que ela está nua da cintura para baixo, parece inconsciente e tem um corte atrás da orelha. A operadora do 911 então orienta Majors a “ficar de olho na respiração de Grace”.
Jonathan permanece na linha até a chegada dos primeiros socorros e demonstra preocupação com a ex-parceira. O despachante pergunta se ela havia caído, mas ele diz que “não tem certeza”. Um vídeo do momento em que Majors recebe o resgate em seu apartamento também foi divulgado pelo TMZ. Assista abaixo:
Nos depoimentos, os policiais disseram não terem encontrado qualquer evidência como drogas ou frascos de comprimidos, que apoiasse que Jabbari tivesse tentado o suicídio ou tido uma overdose. Após o resgate, a moça foi levada ao Hospital Bellevue para tratar uma fratura no dedo médio e um corte atrás da orelha (clique aqui para ver as imagens), além de passar por uma breve avaliação psiquiátrica. Ela foi libertada pouco depois e Majors foi preso no mesmo dia.
Erick Lucero e Bryan Hanson, dois policiais da NYPD que estiveram presentes na prisão de Majors, também testemunharam durante o julgamento. Os agentes revelaram que, ao chegarem ao local, encontraram Jabbari confusa. Ela perguntou como havia chegado lá, se Jonathan estava no local ou se ele estava do lado de fora do apartamento “demonstrando preocupação”.
“Ela estava confusa quanto à sua localização. Fizemos com que ela se sentasse direito. Ela estava dizendo: ‘Como cheguei aqui? Ele está aqui? Ele está aí?’ … Ela afirmou que discutiu com [Majors] na noite anterior por causa de uma mensagem que ele recebeu. Ele estava impedindo que ela pegasse o telefone”, explicou o policial.
O sargento Hanson, por sua vez, foi o oficial que “determinou que [Majors] deveria ser preso em relação à investigação”. Em seu depoimento, ele afirmou que “encontrou uma pequena quantidade de sangue no edredom da cama”, na parte superior do edredom, mais perto de onde estaria a cabeça ou a parte superior do corpo de alguém. Os policiais também afirmaram que Grace quis saber por que sua orelha estava doendo, mas eles admitiram no tribunal que não perguntaram se ela havia caído.
A acusação terminou, ontem (12), de apresentar seu caso e evidências contra Majors, que está sendo denunciado por agressão. O processo continua e, nesta quarta-feira (13), a defesa de Jonathan começou a interrogar suas testemunhas.
Siga a Hugo Gloss no Google News e acompanhe nossos destaques