Com uma carreira estrelada em Hollywood, Julia Roberts foi escolhida para a capa de fevereiro da Vogue Britânica. No papo intimista com o diretor Richard Curtis, publicado nesta quinta-feira (11), a atriz entregou o real motivo de quase ter recusado o papel em “Um Lugar Chamado Notting Hill“. Ela também respondeu por que nunca gravou cenas de nudez nos mais de 50 filmes que já estrelou.
Uma das personagens mais memoráveis de Roberts foi – ironicamente – a atriz mundialmente famosa Anna Scott, na comédia romântica de 1999. No entanto, por pouco tivemos outra personalidade em seu lugar. Ela contou a Curtis, que foi um dos roteiristas de “Notting Hill”, alguns pontos que a fizeram questionar sua participação.
“Honestamente, uma das coisas mais difíceis que já tive que fazer foi o seu filme, interpretando uma atriz de cinema. Eu estava tão desconfortável! Quer dizer, já conversamos sobre isso tantas vezes, mas quase não aceitei o papel porque parecia tão estranho. Eu nem sabia como interpretar aquela pessoa”, confessou.
Julia revelou, ainda, que “odiava” o figurino de Anna e que usou suas próprias roupas na cena em que diz a famosa frase: “Não esqueça, eu sou só uma mulher”, ao seu par romântico William Thacker, interpretado por Hugh Grant. “Mandei meu motorista, o adorável Tommy, de volta para meu apartamento naquela manhã. Eu disse: ‘Vá para o meu quarto e pegue isso, isso e isso do meu armário’. E eram meus próprios chinelos, minha linda saia de veludo azul, uma camiseta e meu cardigã”, recordou.
Cenas de nudez
Na entrevista à Vogue, a protagonista de “Uma Linda Mulher” também explicou o porquê de não gravar cenas de nudez nas produções que estrela. “Sabe, não critico as escolhas dos outros, mas não tirar a roupa no cinema ou ser vulnerável fisicamente é uma escolha que acho que faço por mim mesma. Mas, na verdade, estou escolhendo não fazer algo em vez de escolher fazer algo”, ponderou.
Por que as rom com’s?
Não há dúvidas de que o trabalho de Julia Roberts ganhou destaque nos cinemas por conta das comédias românticas que protagonizou. Além de “Notting Hill” e “Uma Linda Mulher”, o portfólio da atriz traz os títulos “O Casamento do Meu Melhor Amigo”, o clássico “Comer, Rezar e Amar” e “Noiva em Fuga”.
Para ela, ao contrário do que muitos possam crer, isto não é um problema. “Bem, eu adoro o gênero. Eu também acho que é incrivelmente complicado. Nunca percebi a sorte inesperada que tive até que ela ficou bem atrás de mim. Tipo, ter feito esses filmes. Eles simplesmente não vêm um após o outro [normalmente]. Então acho que tive sorte”, afirmou. “Eu amo fazer as pessoas rirem. Isso me traz tanta alegria que é quase ridículo”, acrescentou.
Antiga x Nova
Ao final, Roberts refletiu sobre as mudanças que a indústria cinematográfica enfrentou nos últimos anos. “Não sei se é melhor, porque não é a minha experiência, mas parece muito diferente. E de certa forma, parece tão confuso. Existem tantos elementos para ser famoso agora que parece exaustivo. Há mais elementos, há mais ruído, há mais saídas, há mais coisas”, pontuou.