Juliana Paes relata luta contra vício, motivada por pandemia, e faz desabafo sobre diagnóstico de Covid-19

Em entrevista para o “Conversa com Bial” desta quarta-feira (23), Juliana Paes contou um pouco sobre como está lidando com esse momento de isolamento social. A atriz relatou uma mudança de hábito que resolveu aderir por conta da pandemia da Covid-19: parar de fumar. Alguns dias depois da entrevista, a artista descobriu que havia contraído o coronavírus, e voltou ao programa para relatar como foram seus sintomas.

Juliana disse que tomou a decisão influenciada pela situação atual. “Esse é o poder do medo, é uma coisa muito séria… porque, a gente no começo da pandemia, vendo na TV que fumantes e (pessoas com) comorbidades têm mais tendência a piorar o quadro com Covid. Eu falei: ‘Gente, mais cedo ou mais tarde eu posso ser contaminada’“, pontuou a atriz.

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Ela relembrou que ainda tem outros fatores que a colocam no grupo de risco. “Eu sou asmática, fumante, quer dizer, eu não poderia fumar de jeito nenhum. Eu tomava broncas homéricas do meu pneumologista. Eu falei: ‘Vou parar de fumar porque o negócio pode complicar pro meu lado’. Então foi pelo medo mesmo, puro medo“, falou. Porém, se engana quem pensa que o processo foi fácil para a estrela. “Foi muito difícil, muito difícil parar de fumar no meio de uma pandemia, porque eu tinha vontade de fumar o tempo todo. O tempo inteiro“, lembrou.

Bial perguntou se a atriz usou a comida como refúgio, ao que ela respondeu que não. “Eu usei muito os adesivos (de nicotina), os adesivos me ajudaram muito. As pessoas acham que não ajuda, ajuda sim! Não tomei nenhum outro medicamento, só colei o adesivinho“, revelou. Ela contou que também investiu em exercícios físicos. “Comecei a fazer yoga, que era uma coisa que eu tava adiando. Eu falava: ‘Ah, esse negócio não é pra mim, eu já não tenho essa flexibilidade’… mas eu tinha tanta vontade“, contou.

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A atriz explicou que se surpreendeu com a atividade. “Eu sempre meditei, mas eu nunca tinha feito a meditação ativa. Eu aprendi que a yoga nada mais é do que a meditação ativa… mas olha, o negócio não é fácil, tem que ter muita determinação“, explicou. A atriz, entretanto, afirmou que está aprovando a nova prática. “Eu tô gostando. Eu gosto desses desafios. E me ajudou, porque, nas horas que você sente que está com um pouquinho mais de fôlego, você fala: ‘Foi bom ter parado de fumar, estou conseguindo fazer um (exercício) aeróbico a mais’, são coisas que te estimulam“, pontuou.

Inclusive, quando Juliana concedeu essa entrevista a Pedro Bial, ela relatou que seu marido, o empresário Carlos Eduardo Baptista, estava infectado com a Covid-19. Alguns dias depois, a própria atriz testou positivo para a doença. O apresentador, então, voltou a conversar com a artista. Ela tranquilizou todo mundo, dizendo que estava se sentindo bem. “Eu acho que quando a gente se falou, eu já estava com a Covid e não sabia ainda. É muito doido, porque eu fui diagnosticada há nove dias e só fui sentir os primeiros sintomas leves dois dias depois do diagnóstico. Esse vírus é muito maluco“, afirmou.

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Eu comecei primeiro a sentir uma pressão na cabeça, que não chegava a ser uma dor de cabeça, depois começou a doer o fundo dos olhos e tive dois dias de muita dor de cabeça, sem sentir gosto, cheiro de nada, e só. Não tive febre, não tive prostração, cansaço extremo… também não tive tosse“, relatou sobre os seus sintomas. A atriz continuou contando como sentiu que essa doença difere das outras. “Não é como uma gripe, não é como um resfriado, é um vírus diferente, porque a anosmia (perda do olfato) normal, você não sentir gosto e cheio em um resfriado comum, você perde parcialmente essa capacidade, você sente aquele gosto no fundinho, um cheiro, mas da Covid você não sente nada“, explicou.

Juliana e o marido tiveram evoluções bem semelhantes da doença. “Eu percebi que eu estava com dois dias de atraso dele. Ele perdeu o paladar e o olfato, dois dias depois eu perdi. Ficou muito parecido nos sintomas e no desenvolver. Mas foram poucos dias“, contou.