O jurado número 6 do julgamento de Sean “Diddy” Combs foi dispensado devido às declarações inconsistentes sobre onde e com quem ele mora. A decisão foi tomada pelo juiz Arun Subramanian, nesta segunda-feira (16), segundo o TMZ. A defesa do rapper repudiou o ato, alegando que a dispensa só ocorreu por se tratar de uma pessoa negra.
Durante a seleção, o jurado informou que morava com a noiva e a filha pequena no Bronx, em Nova York. No entanto, em um questionamento na semana passada, ele disse ao tribunal que havia se mudado recentemente para estar com a família, que vivia em Nova Jersey. Além disso, a pessoa também contou que ficava com com sua tia no Bronx, quatro ou cinco noites por semana, enquanto estava trabalhando.
O jurado se identificou como um homem negro hispânico, de 41 anos, que trabalha como escriturário em uma instituição correcional. Ele também comunicou ao tribunal que é fã de hip-hop dos anos 1990, e que foi preso por fraude de seguro relacionada a uma consulta médica após um acidente de carro.
O homem acrescentou que tinha ouvido falar sobre o julgamento de Diddy, mas que não sabia muito sobre o rapper. Agora, o jurado alternativo que irá substituí-lo é um contador de 57 anos, que mora no condado de Westchester com sua esposa e dois filhos. Ele afirmou que processa a folha de pagamento dos agentes penitenciários da Penitenciária Edgecombe, em Manhattan.

Tensão no tribunal
No domingo (15), a possibilidade já havia sido levantada pelo juiz. A defesa de Combs, por sua vez, declarou que a dispensa seria um pretexto para “eliminar mais um homem negro do júri”. Os advogados argumentaram que as respostas inconsistentes do jurado não significam que ele é inapto para atuar no julgamento.
A defesa salientou que, durante a investigação, ocorreram outros supostos “abusos”. Entre eles, “força excessiva” dos agentes nas invasões das propriedades do rapper e informações “falsas e prejudiciais” vazadas ao público.
Por fim, como apontou o TMZ, Diddy acredita que “merece um novo julgamento”, já que o tribunal insistiu em desligar o jurado de número 6. Este já é o terceiro pedido de anulação do magnata do rap desde o início do caso. Conforme o Daily Mail, cinco dos doze jurados são negros.
Sean Combs está preso desde setembro de 2024 por crimes como tráfico sexual para fins de prostituição, extorsão, associação ilícita. Ele também enfrenta acusações de promover festas com drogas e performances sexuais extremas, conhecidas como “Freak-Offs”. Se condenado, o fundador da gravadora Bad Boy Records pode pegar prisão perpétua.
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