Neste sábado (12), veio à tona um processo que acusa Kanye West de drogar e estuprar sua ex-assistente, Lauren Pisciotta, durante uma festa organizada por Sean ‘Diddy’ Combs.
De acordo com o documento de 88 páginas, registrado na Justiça norte-americana na última terça-feira (8) e obtido pelo Page Six, Pisciotta afirma ter sido alvo das “obsessões sexuais doentias” de West, incluindo o fetiche de ter relações com as mães de suas supostas vítimas. Ela também mencionou que Bianca Censori, atual esposa do rapper, teria sido parte dessas fantasias.
O processo, além de abordar as opiniões neonazistas de Kanye e seus discursos de ódio, também relata episódios em que ele teria forçado sua equipe a desenhar suásticas. O documento detalha ainda o suposto estupro, que teria ocorrido anos antes de Pisciotta começar a trabalhar para o artista.
Segundo a denúncia, Pisciotta conheceu West quando ele convidou um cliente dela, um músico cuja identidade não foi revelada, para uma sessão de gravação e uma festa em um estúdio em Santa Monica, na Califórnia, co-organizada por Diddy. Apesar de Combs ter sido mencionado como “co-anfitrião” do evento, ele não foi acusado de nenhum crime.
Durante a festa, West teria anunciado que todos precisavam beber para permanecer no local. Pisciotta afirma que, após ingerir uma bebida dada por Kanye, começou a se sentir desorientada, entrando em um estado “alterado e altamente debilitado”. Ela descreve que suas memórias da noite se tornaram confusas e, depois disso, sentiu-se “envergonhada e desconcertada”. Seu cliente, que estava com ela no evento, também teria evitado falar sobre o que aconteceu, alegando estar “muito traumatizado”.
Pisciotta, que já havia processado West no início do ano por assédio sexual e demissão injusta, disse ter descoberto o abuso anos depois, quando Kanye confessou o ocorrido. De acordo com a denúncia, West teria dito a ela que os dois “ficaram uma vez”, referindo-se à noite em que Lauren afirma ter sido drogada. Na época, Kanye já era casado com Kim Kardashian, que, segundo a ex-assistente, o acusava de manter relações sexuais com Pisciotta. Numa dessas discussões, Kanye teria admitido o que supostamente aconteceu na sessão de estúdio.
“Ainda naquele dia, até aquela conversa e revelações de fatos e ações tomadas naquela noite, a Requerente não sabia ou pensava que ela havia sido agredida sexualmente naquela noite, pois a Requerente apenas pensava que ela havia sido atacada por um assistente de estúdio, provavelmente envergonhada e então assumiu a culpa”, destacou a denúncia.
A revelação teria deixado Pisciotta “enojada”, e a ex-assistente afirmou que decidiu, naquele momento, que precisaria se afastar de West. No entanto, ela apontou ter sido cuidadosa em sua saída, temendo retaliação e ser “silenciada ou colocada em uma ‘lista de personas non gratas da indústria'”. Pouco tempo depois, Pisciotta foi demitida, sem receber a indenização de US$ 3 milhões que acredita ser devida.
O processo também inclui outras alegações, como o recebimento de mensagens vulgares de West, além de fotos íntimas de funcionários da Yeezy, tanto homens quanto mulheres. Pisciotta ainda afirma que o rapper se masturbou ao lado dela antes de adormecer, e que ele ficava irritado quando ela recusava suas propostas sexuais.
Os advogados de West classificaram as acusações sobre demissão injusta e assédio divulgadas anteriormente como “infundadas”, afirmando ao Page Six, que Pisciotta teria assediado Kanye “sexualmente para obter empregos e benefícios materiais”, além de chantageá-lo quando seus avanços foram rejeitados.