Nesta quinta-feira (22), a batalha judicial entre Kesha e o produtor Dr. Luke teve um ponto final. Após nove anos na Justiça, os dois concordaram em desistir do processo e emitiram declarações nas redes sociais.
“Apenas Deus sabe o que aconteceu naquela noite“, escreveu a cantora. “Como sempre disse, não consigo relatar tudo o que aconteceu. Estou ansiosa para encerrar este capítulo da minha vida e começar um novo. Desejo nada além de paz a todas as partes envolvidas“, afirmou. Em 2014, Kesha acusou seu ex-produtor de cometer “abusos sexuais, físicos, verbais e emocionais” contra ela.
Em seu comunicado, Dr. Luke continuou contradizendo as acusações da estrela: “Embora eu admire a Kesha, novamente reconhecendo que ela não pode contar o que aconteceu naquela noite, em 2005, tenho absoluta certeza de que nada ocorreu. Nunca a droguei, ou a agredi, nunca faria isso com ninguém”.
Entretanto, o produtor decidiu também seguir em frente com o assunto e desejou felicidades à cantora. “Pelo bem da minha família, lutei vigorosamente para limpar meu nome por quase dez anos. É hora de deixar esse assunto difícil para trás e seguir em frente com minha vida. Desejo felicidades à Kesha”, finalizou.
O caso iniciou há nove anos, quando a estrela foi a público com acusações de que o produtor teria abusado dela. No mesmo ano, Dr. Luke fez uma queixa contra Kesha por não ter trabalhado em um terceiro álbum, conforme exigido em seu contrato. A artista, por sua vez, entrou com um contra-processo, pedindo que fosse liberada de seu contrato com Luke com base nas alegações de que havia sofrido abusos sexuais e psicológicos ao longo de vários anos.
Na semana passada, o Tribunal de Apelações de Nova York determinou vitória importante à Kesha no pré-julgamento. Apesar de uma juíza rejeitar as acusações da cantora em 2020, Dr. Luke foi recentemente declarado como uma “figura pública” e precisaria provar que estava ciente da falsa acusação ou que a cantora agiu com “malícia real” quando fez suas declarações. O acordo se concretizou cerca de um mês antes do julgamento, marcado para 19 de julho.