Nesta quinta-feira (5), o Conselho Regional de Enfermagem de São Paulo (Coren-SP) arquivou o caso da atriz Klara Castanho sem apontar culpados. O órgão investigava uma possível infração ética praticada por um profissional de enfermagem que teria vazado informações. Caso fosse confirmada a participação, o envolvido poderia perder seu registro profissional.
Para a Folha de São Paulo, o Coren afirmou que “seguiu todos os ritos processuais, mas não recebeu denúncia por parte da atriz quanto ao tema”. “O Coren seguiu todos os ritos processuais, solicitou documentos à instituição hospitalar e convocou os profissionais do plantão à época do fato denunciado, porém não constatou a participação de nenhum profissional de enfermagem em relação ao vazamento de quaisquer informações sigilosas de pacientes”, diz a nota.
Após a divulgação da decisão, a assessoria de Klara Castanho também se manifestou. Segundo a equipe, o caso segue em sigilo e todas as medidas judiciais já foram tomadas. “Todas as medidas fundamentais foram tomadas pela equipe jurídica da atriz, para que os envolvidos sejam investigados e respondam por seus atos”, afirma o texto.
“As investigações estão em andamento, protegidas pelo necessário segredo de justiça. A atriz aguarda confiante na atuação da polícia e da Justiça, para que os fatos sejam esclarecidos”, acrescentaram os representantes da artista.
Na época, o hospital em que Klara ficou internada também abriu uma sindicância interna pra investigar a denúncia. “[O Hospital Brasil] tem como princípio preservar a privacidade de seus pacientes bem como o sigilo das informações do prontuário médico. O hospital se solidariza com a paciente e familiares e informa que abriu uma sindicância interna para a apuração desse fato”, disse a nota.
Relato de Klara Castanho
Em 25 de junho, Klara Castanho publicou uma carta aberta aos fãs com um forte relato sobre um momento sensível. A atriz revelou que engravidou após sofrer um estupro, e que realizou a entrega voluntária para adoção desse bebê fruto da agressão – algo previsto no Estatuto da Criança e do Adolescente. Ela também denunciou como uma enfermeira teria a abordado e ameaçado expor toda essa história para a imprensa, ainda durante a internação. O desabafo veio após Antônia Fontenelle e o jornalista Leo Dias publicarem informações sem o consentimento da jovem.
Na postagem, Castanho deu detalhes de como a violência sexual aconteceu. A atriz afirmou que engravidou mesmo tendo tomado a pílula do dia seguinte. Klara também disse que esse era o relato mais difícil da sua vida e que não queria deixar as informações públicas, mas com a exposição do caso, ela decidiu se pronunciar. Leia a íntegra, clicando aqui.
A artista chegou a entrar com um processo contra Fontenelle para retirar as declarações feitas pela apresentadora sobre ela do YouTube. No entanto, no dia 18 de julho, a juíza Flávia Viveiro de Castro, da 2ª Vara Cível da Barra, negou o pedido com a justificativa de que seria “uma espécie de censura” e que o poder judiciário não poderia se envolver. A ação agora procede com solicitação de indenização de R$ 100 mil por danos morais.