Nesta quinta-feira (1), em entrevista ao jornal The News York Times, Lea Michele respondeu às acusações de que teria praticado bullying com colegas do elenco de “Glee”. Na conversa, a atriz também rebateu os boatos de que não saberia ler e escrever, após o assunto viralizar nas redes sociais e render alguns memes e teorias da conspiração.
As acusações de assédio moral contra a artista começaram em 2020, quando Samantha Marie Ware acusou Michele de fazer o que ela chamou de “micro agressões traumáticas”, no set de “Glee”. Ware afirmou que Lea ameaçou demiti-la várias vezes. Além disso, em entrevista à Variety, no mesmo ano, Samantha explicou que, aparentemente, Michele nunca gostou dela.
“Eu sabia desde o primeiro dia quando eu tentei me apresentar. Não havia nada gradual sobre isso. Assim que ela decidiu que não gostava de mim, ficou muito evidente. Foi depois que fiz minha primeira apresentação, foi quando começou – o tratamento silencioso, os olhares, os comentários sob sua respiração, a estranha agressividade passiva. Tudo se acumulou”, disse Ware em 2020.
Em resposta aos comentários da antiga colega de elenco, Lea explicou que tais acusações proporcionaram a ela um intenso momento de reflexão sobre a sua conduta no ambiente de trabalho. “Eu tenho uma vantagem para mim. Eu trabalho muito duro. Não deixo espaço para erros. Esse nível de perfeccionismo, ou aquela pressão do perfeccionismo, me deixou com muitos pontos cegos”, disse a atriz
Michele ainda avaliou que, após refletir sobre sua conduta controversa no set de “Glee”, ela hoje se sente mais preparada para assumir o papel principal no musical da Broadway “Funny Girl”. A sua estreia como protagonista na peça acontecerá no dia 6 de setembro. Assim, ela refletiu sobre sua função como líder: “Eu realmente entendo a importância e o valor agora de ser um líder. Significa não só ir e fazer um bom trabalho quando a câmera está filmando, mas também quando não está. E isso nem sempre foi a coisa mais importante para mim”.
Na entrevista, Michele se recusou a falar mais profundamente sobre as acusações de Ware, e acrescentou que: “Não sente a necessidade de lidar com as coisas através da mídia”. Por outro lado, Lea admitiu que os depoimentos sobre bullying custaram a ela seu papel como porta-voz na HelloFresh. A empresa afirmou que “não tolera racismo nem discriminação de qualquer tipo”.
Ainda na entrevista ao The Times, a intérprete de Rachel Berry em “Glee”, rebateu os boatos de que seria analfabeta. A teoria vive nas redes sociais e rende diversos memes sobre a atriz. “Eu fui para ‘Glee’ todos os dias; eu sabia minhas falas todos os dias. E então há um boato online que eu não sei ler ou escrever? É triste. É mesmo. Eu acho que muitas vezes se eu fosse um homem, muito disso não seria o caso”, desabafou, atribuindo o comportamento ao machismo.
As teorias da conspiração sobre o analfabetismo de Michele começaram quando Naya Rivera, que também foi do elenco de “Glee”, escreveu em seu livro de memórias que Lea se recusou a improvisar durante uma cena. Como a atriz nunca desmentiu os boatos ou comentou sobre a alegação de Rivera, Jaye Hunt e Robert Ackerman, apresentadores do podcast “One More Thing”, brincaram que Michele talvez não fosse mesmo capaz de ler. Veja uma das teorias:
not lea michele is allegedly illiterate pic.twitter.com/yUNGmn4NSu
— kar🥂 (@krsklgn) March 14, 2022
Recentemente, Lea participou da série “Storyline Online”, da Fundação SAG-AFTRA, lendo o livro infantil “Rosie Revere, Engenheiro” em voz alta em vídeo. A série tem como objetivo aumentar a alfabetização das crianças com vídeos e currículo suplementar disponíveis online 24 horas por dia. Assista: