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O amigo de Liam Payne, Roger Nores, e dois funcionários do hotel CasaSur Palermo foram inocentados das acusações sobre a morte do artista, em outubro do ano passado. O trio respondia por homicídio culposo, quando não há intenção de matar. A decisão do painel de juízes do Tribunal de Apelações da Argentina foi protocolada na noite desta quarta-feira (19), e divulgada pela Rolling Stone.
“Que bom que isso finalmente acabou. Estou feliz que agora posso viajar para o Reino Unido e me despedir do meu amigo”, declarou Nores. Conforme a revista, os juízes constataram que o empresário não teve nenhum papel na “obtenção e consumo de álcool” de Payne, nem poderia ter feito nada para evitar a morte do cantor nas horas que antecederam a tragédia.
“É possível que, se ele tivesse permanecido em sua companhia o tempo todo, [Payne] não teria obtido as drogas e o álcool nas quantidades necessárias para o estado de intoxicação que exibiu no momento de sua morte. Mas não se pode descartar que, mesmo que tivesse tomado essas precauções extremas, [Payne] teria conseguido obter as substâncias de qualquer maneira, como é comum entre os viciados, mesmo quando estão sob os cuidados amorosos de sua família”, analisou a decisão.
O painel de juízes ainda se referiu a um e-mail enviado em 23 de agosto de 2024, de Nores para o pai do astro, Geoff Payne, expressando sua preocupação com Liam. “Apesar de acusar Nores de não se comunicar e alertar a família da vítima, eles permaneceram em silêncio sobre o e-mail por meio do qual o acusado expressou suas preocupações e alertou que não seria capaz de cuidar da saúde de Payne”, disse.

Quanto aos funcionários do hotel, Gilda Martin e Esteban Grassi, os juízes afirmaram que não havia provas suficientes de que eles tiveram um “comportamento irresponsável, imprudente ou meramente negligente”, e que não desempenharam nenhum papel na morte do cantor. A dupla estava sendo investigada por carregar Payne, supostamente desmaiado, até seu quarto de hotel pouco antes de ele cair e morrer.
Por fim, os juízes garantiram que o caso não prejudica o “bom nome e honra” de Nores, Martin e Grassi. Já Ezequiel Pereyra e Braian Paiz, acusados de vender drogas ao ex-One Direction, continuarão presos enquanto aguardam o julgamento. Conforme o processo, as substâncias que os dois teriam oferecido foram encontradas no organismo do artista após ser feito o relatório toxicológico.
Tanto Paiz quanto Pereyra podem pegar de quatro a 15 anos de prisão se forem considerados culpados. O segundo homem ainda terá que pagar uma multa de US$ 4.900 (cerca de R$ 27,9 mil). Em novembro do ano passado, ele já havia admitido ter dado drogas para Liam, mas disse que nunca recebeu dinheiro do músico.
Os juízes, por sua vez, alegaram que havia provas suficientes para mostrar que Payne pagou pelas substâncias, já que foi filmado pedindo dinheiro na recepção horas antes da chegada de Paiz. Eles revelaram, ainda, uma mensagem enviada pelo homem. “Se você tiver o dinheiro em pesos, podemos comprar cocaína. Saio às 11h30”, diria o texto. A defesa, porém, argumentou que seu cliente ofereceu as drogas “como um presente” ao artista.

Ao tribunal, colegas de trabalho de Pereyra e um motorista de aplicativo que o levou ao hotel prestaram depoimento. “Quando estava prestes a sair do hotel, o réu mostrou uma nota de US$ 100 e disse: ‘Tive que fazer uma tarefa para um hóspede… Tenho que levar drogas’”, teria declarado o funcionário do CasaSur Palermo.
A decisão manteve a explicação de que Liam Payne morreu após cair inconsciente da sacada de seu quarto de hotel. No entanto, “não se sabe se foi devido a uma manobra desajeitada da parte [de Payne] perto do corrimão ou nas proximidades, ou se aconteceu porque ele perdeu a consciência e caiu”. “Somente, graças a relatórios médicos, algumas suposições foram feitas sobre sua condição mental no momento da queda, com base na ausência de marcas defensivas ou protetoras no momento do impacto”, concluiu o documento.
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