Uma nova hipótese sobre o desaparecimento de Madeleine McCann, que aconteceu em 2007 no sul de Portugal, veio à tona nesta sexta-feira (6). Segundo o jornal português Correio da Manhã, autoridades alemãs teriam rejeitado apurar uma denúncia feita em 2018, na qual um casal — ele britânico, já falecido, e ela alemã — seria suspeito de ter atropelado a criança enquanto dirigia embriagado, e posteriormente ocultado o corpo no mar.
De acordo com o jornal, a informação partiu da irmã do britânico, que vive no Reino Unido e procurou a polícia após suspeitar que ele estava escondendo “um segredo obscuro” sobre o caso. A Polícia Judiciária de Portugal, com base nesse relato, teria tentado abrir uma linha de investigação e sugerido uma operação disfarçada, usando um agente com identidade falsa para se aproximar da suspeita e tentar obter uma confissão.
No entanto, promotores alemães se recusaram a autorizar a ação. “Foi decidido continuar apenas com a investigação do suspeito Christian Brueckner, rejeitando outras possibilidades”, afirmou a publicação.
Além da denúncia da irmã, uma vizinha do casal em Praia da Luz, local onde a família McCann estava hospedada, relatou à polícia que ouviu uma discussão entre os dois na manhã seguinte ao desaparecimento. Segundo ela, o homem gritava repetidamente: “Por que você a trouxe?”. Ainda de acordo com o Correio da Manhã, o casal era conhecido por problemas com álcool e frequentava estabelecimentos próximos ao Ocean Club, onde a menina foi vista pela última vez. A suspeita é que, após atropelarem a criança, tenham levado o corpo até a residência e, em seguida, descartado no mar.

O jornal também afirmou que uma testemunha disse ter visto uma mulher com uma criança em um carro semelhante ao do casal na época do desaparecimento. Apesar dos relatos e da coincidência de datas e locais, a teoria nunca foi considerada formalmente pelas autoridades alemãs, que, segundo o jornal, chegaram a repreender a polícia portuguesa por insistir no assunto.
Enquanto isso, o foco das investigações permanece em Christian Brueckner, pedófilo condenado que cumpre pena de sete anos por estupro. Brueckner é considerado o principal suspeito pelos investigadores alemães e também foi oficialmente declarado suspeito pelas autoridades portuguesas. No entanto, até o momento, ele não foi formalmente acusado pelo desaparecimento da menina.

Recentemente, as polícias alemã e portuguesa realizaram uma nova operação de busca na região de Atalaia, próximo à antiga casa de Brueckner, com apoio logístico das autoridades portuguesas. Durante três dias, as equipes vasculharam uma extensa área que incluía casas abandonadas, poços e reservatórios. Apesar da mobilização, não há indícios de que tenham sido encontradas novas provas relevantes.
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