Nesta quinta-feira (25), Maria das Dores Machado, mãe de Jeff Machado, apontou a possível a motivação do crime que tirou a vida do ator. Em entrevista à revista Quem, a pedagoga aposentada expôs seu anseio por justiça, e informou que os autores do delito já foram identificados pela polícia.
“É uma dor muito grande, difícil demais. É uma situação em que estou precisando, além do profissional, dos advogados, de um apoio emocional. Sempre tive a esperança de encontrar o Jeff vivo”, desabafou a matriarca. “Foi muito difícil essa resposta agora, essa morte tão macabra. Meu Deus, por quê?”, questionou, abalada.
Dona Maria estava a caminho do Instituto Médico Legal (IML) de Campo Grande, junto com os advogados da família, para fazer a liberação do corpo de Jeff. Ela desembarcou no Rio de Janeiro para cuidar das questões burocráticas relacionadas ao corpo do ator de “Reis”, que será levado para Santa Catarina, cidade onde ela reside.
“O que a pessoa queria? A casa dele, o carro dele, o dinheiro dele? Foi uma pessoa muito cruel e muito maldosa quem fez isso com meu filho”, pontuou. “O Jeff era um moço de bem, estudioso, trabalhador, veio para o Rio estudar, fez Jornalismo, Cinema e Produção, queria ser ator. Era muito dedicado. O trabalho do Jeff sempre foi perfeito. E ele ser tirado do mundo dessa forma tão cruel, por um psicopata”, detalhou.
Mãe aponta inveja e dá detalhes de suposto autor do crime
“O que falta no mundo é amor. Nada justifica o que fizeram com ele. É muito triste. O suposto bandido se fez de amigo do Jeff. É um psicopata”, lamentou. Dona Maria ainda disse que foi ela quem procurou a polícia para prestar queixa do desaparecimento do filho. Segundo ela, as repostas que sempre vinham por áudio passaram a ser escritas e repletas de erros de português, algo incomum do artista.
“Quem fez isso com meu filho fez de uma forma para esconder. Amarrar, botar em um baú, enterrar a dois metros de fundura. Que tanto ódio e inveja é essa? Foi inveja, porque o Jeff é muito lindo. Quero justiça, peço justiça. E a polícia sabe tudo. Sei que eles vão atuar na busca, já sabem quem são”, revelou Maria das Dores. “Quero que as pessoas sejam presas e punidas. Estou fazendo tudo, indo ao IML agora ver se liberam o corpo ainda hoje. Tenho que ver caixão, roupa… É uma situação muito estranha. Ainda estou sem acreditar”, lamentou.
A aposentada ressaltou que não tem assistido aos noticiários sobre a morte brutal do modelo. “Não vejo TV. Estão me mandando muitas mensagens, sou muito conhecida em Araranguá [no extremo sul de Santa Catarina], sou professora há 42 anos. Jeff era muito atuante na cidade, já foi coroinha na igreja, todos o conhecem”, afirmou.
Por fim, Dona Maria ainda desabafou sobre a dor de perder o segundo filho. “É a segunda vez que perco um filho. Perdi meu mais velho, Anderson, em um acidente. Mas o vi na hora. Com o Jeff fiquei quatro meses sem saber o que tinha acontecido. A gente conversava por mensagem e eu sabia que não era ele. Depois apareceram os cachorros por causa do chip. Ainda estou gripada, muito fragilizada. Mas sou muito centrada, tenho um [lado] espiritual muito forte. Peço ajuda a Deus e Nossa Senhora”, finalizou.
Relembre o caso
Nesta segunda-feira (22), a Delegacia de Descoberta de Paradeiros (DDPA) encontrou o corpo de Jefferson Machado da Costa, que estava desaparecido desde o dia 27 de janeiro. De acordo com o g1, foi possível identificá-lo através de uma análise das digitais do ator.
As autoridades acharam os restos mortais de Jeff queimados e amarrados dentro de um baú de madeira, enterrado e concretado a dois metros de profundidade em um terreno em Campo Grande, Zona Oeste do Rio de Janeiro.
Jairo Magalhães, advogado da família, confirmou as informações. “O corpo foi encontrado na segunda-feira em uma casa em Campo Grande. Está confirmado pela perícia da Polícia Civil do Rio de Janeiro, que o corpo é dele. A família já foi avisada por mim agora”, declarou.
O profissional ainda apontou um detalhe importante e que ajudou nas investigações do caso. “Esse baú pertence ao Jeff, é parecido a um outro que ele tem na casa dele, e foi retirado de lá. É uma outra pista que levou a delegacia a desconfiar de quem estava envolvido no caso: a de que era uma pessoa que tinha acesso à casa do Jeff”, contou Magalhães.
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