Em meio às recentes prisões envolvendo a morte de Matthew Perry, algumas revelações sobre os últimos dias do ator de “Friends” estão vindo à tona. Em seu termo de confissão, obtido pelo Page Six, o ex-assistente pessoal do artista, Kenneth Iwamasa, afirmou ter encontrado Perry inconsciente mais de uma vez nas semanas que antecederam sua morte.
De acordo com o documento, Iwamasa admitiu ter injetado “quantidades significativas de cetamina” no ator, totalizando cerca de “6 a 8 injeções diárias”, nos dias anteriores ao falecimento. Ele revelou ter achado o artista “inconsciente em sua residência em pelo menos duas ocasiões”, em outubro do ano passado.
No dia da morte do intérprete de Chandler Bing, o ex-assistente disse que injetou o anestésico por volta das 8h30 e novamente às 12h45. Ainda segundo o termo, apenas 40 minutos depois da segunda dose, Perry teria pedido a Kenneth que preparasse a jacuzzi e deixasse pronta outra “dose grande” de cetamina.
Estas, inclusive, teriam sido as últimas palavras de Matthew, de acordo com o documento. Após administrar a terceira dose no dia, o ex-assistente saiu para fazer algumas tarefas e, horas depois, avistou o ator de bruços na jacuzzi da mansão em Los Angeles, na Califórnia.
O falecimento foi confirmado em 28 de outubro. Na semana passada, as autoridades anunciaram que Iwamasa, Erik Fleming, Dr. Mark Chavez, Dr. Salvador Plasencia e Jasveen Sangha – conhecida como a “Rainha da Cetamina” – foram presos pela morte.
Embora estivesse usando a cetamina para tratar legalmente a depressão, o ator começou a abusar da medicação em setembro do ano passado. Os promotores do caso afirmaram que Plasencia forneceu ao artista, cetamina líquida e em pastilhas, além de ensinar Iwamasa a injetá-la em Matthew.
De acordo com a Justiça dos EUA, Plasencia entrou em contato com Chavez para conseguir a droga para Perry, já que Chavez havia anteriormente administrado uma clínica de cetamina. O médico agora enfrenta várias acusações pelo caso, sete delas por ter distribuído a droga. Caso seja condenado, ele pode receber uma pena de até 120 anos de prisão.
Já Fleming revelou que obteve a droga de Sangha e distribuiu 50 frascos para Iwamasa dias antes da morte do artista. Nesta segunda (19), a Agência Antidrogas dos Estados Unidos (EUA) informou que Plasencia e Chavez não poderão mais prescrever medicamentos.
Segundo o TMZ, os dois perderam o registro que os possibilitavam de fazer as prescrições quando foram presos. Fontes do veículo revelaram que Chavez voluntariamente abriu mão do registro como parte de seu acordo de confissão. A previsão é que ele seja indiciado no dia 30 de agosto, com sentença de prisão de 10 anos.
Já Plasencia foi solto na última sexta (16) sob o pagamento de fiança. Inicialmente, a causa da morte de Perry foi considerada parada cardíaca seguida de afogamento acidental. No entanto, um relatório de necrópsia do Gabinete do Examinador Médico do Condado de LA revelou que a causa real partiu de “efeitos agudos da cetamina”, indicando “overdose acidental”.