As últimas palavras de Matthew Perry foram reveladas em documentos divulgados nesta sexta-feira (16). De acordo com o DailyMail, a última pessoa com quem o astro de “Friends” conversou foi o assistente pessoal dele, Kenneth Iwamasa – que foi preso junto com mais quatro pessoas pela morte do ator. Iwamasa confessou ter injetado cetamina em Perry no dia em que o artista foi encontrado sem vida.
Segundo o documento, o artista teria pedido ao assistente que injetasse uma “dose grande”. Logo após isso, ele foi achado inconsciente em uma jacuzzi na mansão em Los Angeles, na Califórnia. Porém, está não foi a única vez que Perry foi encontrado inconsciente. A mesma coisa teria acontecido duas vezes antes da morte do astro.
Os promotores do caso afirmaram que, no fatídico dia, o ator teria pedido para Iwamasa preparar a jacuzzi antes de pedir para que ele injetasse a cetamina. Perry recebeu injeções de cetamina por volta das 8h30 e novamente às 12h45. Os detalhes de uma linha do tempo de tudo o que aconteceu na vida do ator um mês antes da morte foi incluído no acordo de confissão do assistente. O documento foi obtido pela Rolling Stone.
De acordo com o cronograma, Perry lutava há muito tempo contra o vício. Segundo o documento, ele teria solicitado que Iwamasa começasse a fornecer substâncias ilegais no final de setembro de 2023. O astro, então, teria orientado que o assistente encontrasse fontes para adquirir as drogas e, quando fizesse isso, daria dinheiro para a compra ou poderia reembolsá-lo.
Iwamasa supostamente obteve a cetamina do médico de Salvador Plasencia e de um conhecido de Perry chamado Erik Fleming. Ele teria se encontrado com Plasencia pelo menos sete vezes entre 30 de setembro e 28 de outubro de 2023. O assistente usou pelo menos US$ 55.000 (cerca de R$ 302.000) do dinheiro do artista para comprar cetamina líquida e pastilhas de cetamina.
As autoridades acusaram os suspeitos de explorar o vício em drogas de Perry. “Os réus neste caso sabiam que o que estavam fazendo era errado”, disse o procurador Martin Estrada. “Eles sabiam que o que estavam fazendo era deixar o Sr. Perry em grande perigo, mas fizeram mesmo assim. No final, esses réus estavam mais interessados em lucrar com o Sr. Perry do que em cuidar do bem-estar dele”, adicionou.
O Departamento de Justiça informou que Plasencia soube do interesse do astro na droga como tratamento para depressão no ano passado. Ele, então, entrou contato com o médico Mark Chávez, que dirigia uma clínica de cetamina. Os dois supostamente conversaram sobre o quanto cobraria Perry pela substância. “Gostaria de saber quanto esse idiota vai pagar”, teria tido Plasencia.
O conhecido do artista teria ligado para o assistente e para Jasveen Sangha, descrita como a “Rainha da Cetamina”. Apesar dela não ter sido nomeada no acordo de confissão de Iwamasa, ele fez referência a uma mulher quando falou sobre a fonte da droga. “Ela só lida com celebridades e de alto nível. Se não fosse algo bom, ela perderia o negócio”, afirmou.