Um dos médicos de Matthew Perry concordou em se declarar culpado por “conspiração para distribuir cetamina” durante o julgamento sobre a morte do astro de “Friends“. O tribunal federal permitiu, em audiência nesta sexta-feira (30), que Mark Chavez avance com o acordo. As informações são da NBC News.
Caso a confissão se concretize, Chavez pode pegar até 10 anos de prisão. Ele é um dos cinco acusados de conexão com a morte do ator, em outubro de 2023, pelo uso de cetamina. De acordo com as autoridades, o médico teria feito declarações falsas a um distribuidor atacadista da substância e usado uma receita falsa para obter o medicamento.
A juíza Jean Rosenbluth permitiu a libertação do médico, sob fiança de US$ 50 mil (cerca de R$ 280 mil na cotação atual) e condições específicas, como a entrega de seu passaporte e a promessa de não exercer mais a medicina.
Após a audiência, o advogado de Chavez, Matthew Binninger, relatou aos repórteres que o médico está “incrivelmente arrependido”, e “não apenas porque isso aconteceu com Matthew Perry, mas porque aconteceu com um paciente”. Ele afirmou que o cliente concordou com as condições porque os investigadores federais “fizeram um excelente trabalho em sua investigação”.
A investigação descobriu uma rede criminosa por trás da morte de Matthew. Outros dois envolvidos, um assistente que vivia com o ator e um conhecido, também chegaram a acordos para se declararem culpados.
O outro médico, Salvador Plasencia, supostamente se abastecia de cetamina com Chavez, segundo a acusação. Jasveen Sangha, uma traficante conhecida como “A Rainha da Cetamina”, que fornecia drogas a clientes de alto perfil e celebridades, foi acusada de vender a Perry a dose que o matou.
Tanto Plasencia quanto Sangha enfrentam acusações de conspiração para distribuir cetamina, bem como uma série de crimes adicionais, que ambos negam. Seus julgamentos foram marcados para outubro. Assim como Chavez, eles também podem pegar anos de prisão caso sejam considerados culpados.