Mais desdobramentos sobre a investigação da morte de Matthew Perry foram revelados. Após a polícia de Los Angeles informar nesta quinta-feira (15) que dois médicos foram presos e acusados, o New York Times divulgou outros detalhes do caso. De acordo com a publicação, os profissionais da saúde teriam trocado mensagens de texto para enganar o astro e fazer com que ele pagasse mais caro pela cetamina.
O médico de atendimento de urgência em Calabasas, na Califórnia, chamado Salvador Plasencia teria entrado em contato com o também médico Mark Chávez sobre a compra da substância. O intuito era que ele pudesse vender a droga para a “vítima MP”. Segundo as polícia, as iniciais eram em referência ao nome de Perry.
Os promotores alegaram que Plasencia debateu com Chávez o quanto deveria cobrar o astro pela droga. “Eu me pergunto quanto esse idiota vai pagar” , escreveu um deles. “Vamos descobrir”, respondeu o outro. Chávez se declarou culpado pela acusação de ter distribuído a cetamina e admitiu ter vendido a substância para Plasencia.
Em entrevista coletiva, as autoridades afirmaram que Chávez obteve a droga com um distribuidor ao enviar uma receita falsa com o nome de um ex-paciente. Ao todo, 20 frascos de cetamina foram entregues para Perry por US$ 55.000 (cerca de R$ 302.000) em dinheiro. “Esses réus estavam mais interessados em lucrar às custas do Sr. Perry do que em se importar com seu bem-estar”, pontuou o procurador Martin Estrada.
O assistente pessoal do ator, Kenneth Iwamasa, a “Rainha da Cetamina” Jasveen Sangha e um conhecido de Perry chamado Erik Fleming também foram presos e se declararam culpados. Fleming, inclusive, revelou que obteve a droga de Sangha e distribuiu 50 frascos para o assistente dias antes a morte do artista. Iwamasa, por sua vez, confessou que foi ele quem injetou a cetamina em Perry em 28 de outubro de 2023, data em que o astro faleceu aos 54 anos.
A morte
Os socorristas foram chamados à residência de Perry em Pacific Palisades, Los Angeles, após o assistente encontrá-lo inconsciente em uma jacuzzi. Na época, a polícia informou que não foram encontradas drogas ilícitas ou utensílios para uso de drogas no local, apenas medicamentos prescritos.
Inicialmente, a causa da morte foi considerada parada cardíaca seguida de afogamento acidental. No entanto, um relatório de necrópsia do Gabinete do Examinador Médico do Condado de Los Angeles revelou que a causa real partiu de “efeitos agudos da cetamina”, indicando uma “overdose acidental”.
O ator estava em tratamento com infusões de cetamina para ansiedade e depressão, mas a última sessão ocorreu uma semana e meia antes de sua morte. Portanto, a substância no seu sistema não havia sido prescrita pelo médico. O nível de cetamina encontrado era equivalente ao utilizado em anestesia geral para cirurgias. Saiba detalhes, clicando aqui