Melissa Barrera foi demitida da produção de “Pânico 7”, próximo filme da franquia de terror, após compartilhar inúmeras declarações em apoio à Palestina. Segundo informações divulgadas pelo The Hollywood Repórter nesta terça-feira (21), a atriz foi dispensada do projeto ao usar as redes sociais para criticar os ataques à Faixa de Gaza, que já mataram mais de 13 mil palestinos, e opinar diretamente sobre o conflito entre Israel e Hamas.
Nascida no México, a estrela dos últimos filmes de slasher vem se manifestando constantemente sobre o conflito e afirmou ter pesquisado sobre o lado palestino. “Também venho de um país colonizado [México]. Palestina será livre. ‘Eles tentaram nos enterrar, mal sabiam que éramos sementes.”, escreveu ela em um de seus posts no Instagram.
“Gaza está sendo tratada atualmente como um campo de concentração. Eles estão encurralando todo mundo, sem ter para onde ir, sem eletricidade, sem água… As pessoas não aprenderam nada com a nossa história. E assim como nossas histórias, as pessoas ainda assistem silenciosamente a tudo acontecer. Isso é genocídio e limpeza étnica ”, apontou Barrera em outra publicação.
Almost all of Melissa Barrera’s IG Stories about Palestine: A thread. pic.twitter.com/DjrbJWt6RQ
— Sam Carpenter The Ghost Slayer (@OoXLR8oO) October 22, 2023
Apesar de não se pronunciar oficialmente sobre a sua saída do projeto, a artista publicou uma frase nos stories nesta segunda-feira (20). “No fim do dia, prefiro ser excluída por quem eu incluo, do que ser incluída por quem eu excluo”, diz a mensagem.
No entanto, o diretor da franquia, Cristopher Landon, resolveu se manifestar diante do desligamento da atriz de “Pânico 7”. “Essa é a minha declaração: coração partido. É tudo uma droga. Parem de gritar. Isso não foi minha decisão”, disse ele.
This is my statement: 💔 Everything sucks. Stop yelling. This was not my decision to make.
— christopher landon (@creetureshow) November 22, 2023
Após a repercussão, o estúdio responsável pela franquia, Spyglass, se pronunciou sobre a demissão. “A posição da Spyglass é inequivocamente clara: temos tolerância zero ao anti-semitismo ou ao incitamento ao ódio sob qualquer forma, incluindo falsas referências ao genocídio, limpeza étnica, distorção do Holocausto ou qualquer coisa que ultrapasse flagrantemente a linha do discurso de ódio”, alegou.
Barrera deu vida a Sam Carpenter em “Pânico 5” (2022) e “Pânico 6” (2023), longas que trouxeram novamente o sucesso da franquia iniciada em 1996. A atriz teria participação importante na nova produção da trama, que deve passar por alterações de roteiro após a decisão.
Demissões contra defensores da Palestina
Ainda nesta manhã, a atriz Susan Sarandon foi desligada da UTA, agência de talentos que gerenciava a sua carreira, após fazer comentários pró-Palestina, informou o site Deadline. Ela participou de diversos eventos a favor da Palestina em Nova York, sendo um deles no último dia 9, o que teria desagradado a empresa.
“Eu estou aqui no meu cruel privilegio branco para dizer que você não precisa ser palestino para estar com o povo palestino. Você não precisa ser palestino para entender que o massacre de quase 5.000 crianças é inaceitável e um crime de guerra. Essa é uma oportunidade de educar as pessoas se elas tiverem uma mente aberta. É hora de ter um coração aberto e ser forte. É hora da Palestina ser livre“, disse a artista em uma das manifestações.
@middleeasteye“So many people do not understand the context in which this October seventh assault happened.” Academy Award-winning actress Susan Sarandon, joined hundreds of pro-Palestine protesters in New York’s Bryant Park on Thursday to demand a cease-fire in Gaza.♬ original sound – Middle East Eye
Com uma carreira consolidada, Sarandon venceu o Oscar de “Melhor Atriz” cinco vezes e é conhecida por seus papéis em “Thelma & Louise” (1991) e em “Os Últimos Passos de um Homem” (1995).