Camaleão poderia muito bem ser um dos apelidos de Miley Cyrus. A artista, que começou na Disney como Hannah Montana, já passou por diversos momentos bem diferentes em sua carreira. Tivemos a fase “Can’t Be Tamed” de uma adolescente rebelde, pero no mucho, a era “Bangerz” de uma cantora sempre indo até os limites e, mais tarde, o período “Malibu”, mais tranquilo e praiano.
Como qualquer outro ser humano, Miley já olhou pra trás e se indagou: “O que é eu que estava pensando?“. Em entrevista ao podcast “The Big Ticket”, da revista Variety, a artista apontou algumas decisões feitas no passado que, hoje, não repetiria. “Uma das minhas entrevistas favoritas é uma em que eu digo: ‘Todos que fumam maconha são idiotas’. Eu amo mandar aquela pros meus pais, que de tempos em tempos, são grandes maconheiros”, disse aos risos, declarando em seguida ter largado os antigos costumes envolvendo drogas e bebida alcoólica.
“Tem sido muito importante pra mim viver uma vida sóbria nesse último ano, porque eu realmente queria aprimorar meu ofício”, explicou. O período “clean” começou após uma cirurgia nas cordas vocais feita pela loira em novembro de 2019. “Estou sóbria mesmo há seis meses. No começo foi porque eu faria uma cirurgia na garganta… mas depois eu comecei a pensar sobre a minha mãe. A minha mãe foi criada por uma família adotiva e eu herdei alguns dos sentimentos dela, como os sentimentos de abandono e querer provar que você é necessária”, explicou.
A infância do pai Billy Ray também foi um dos fatores levados em conta por Cyrus: “Os meus avós se separaram quando meu pai tinha 3 anos, então ele se criou sozinho. Eu pesquisei muito sobre a minha família e há muitos vícios e problemas de saúde mental. Então passei a me questionar: ‘Por que eu sou como sou?’. Ao compreender o passado, nós compreendemos o nosso presente e o futuro fica mais claro. Acho que terapia ajuda muito nisso”, afirmou.
Por fim, a artista criticou o fato de muitos jovens sofrerem pressão social por não experimentarem maconha. “É muito difícil [se manter sóbria], especialmente porque quando se é jovem, existe aquele conceito de ‘ah, você não é legal’ [por não usar maconha]. É tipo: ‘Querido, você pode me chamar de muitas coisas, mas eu sei que sou legal’. A melhor parte [de estar sóbria] é acordar todas as manhãs me sentindo 100% bem. Eu não quero acordar me sentindo grogue. Quero acordar me sentindo pronta”, finalizou.
Assista à entrevista completa abaixo: