Sem papas na língua! Em nova entrevista para a W Magazine, divulgada nesta segunda-feira (3), Miley Cyrus abriu o jogo sobre sua vida e carreira. Além de revelar detalhes sobre a relação especial e fofa com Beyoncé, a artista também refletiu sobre a demora em ser reconhecida pela “The Recording Academy”, no “Grammy Awards”.
No final de março, Miley e Beyoncé compartilharam os vocais da faixa “II MOST WANTED”, hit que integra o álbum “COWBOY CARTER”, de Queen B. A música, que marcou a primeira parceria entre as divas, recentemente se tornou a 13ª canção de Cyrus no Top 10 nas paradas da Billboard Hot 100.
Na época, a parceria foi recebida com surpresa por ambos os fandoms. Ao veículo, Miley revelou como o projeto se tornou realidade: “Eu escrevi essa música há dois anos e meio. Minha mãe sempre dizia: ‘Eu amo tanto essa música’. Então, quando Beyoncé me procurou [para falar] sobre música, pensei nisso imediatamente, porque realmente abrange nosso relacionamento”.
“Eu disse a ela: ‘Não precisamos nos tornar country; nós somos country. Nós temos sido country’. Eu disse: ‘Sabe, entre você ser do Texas e eu ser do Tennessee, muitos de nós estará nessa música’. Conseguir escrever uma música, e não apenas cantar, para Beyoncé foi um sonho que se tornou realidade”, completou.
Questionada se essa seria a primeira “collab” entre as duas, a artista afirmou que a relação com Beyoncé é de longa data. “Nós nos apresentamos juntas quando eu era bem jovem, provavelmente com 14 anos, no evento beneficente ‘Stand Up to Cancer’. Eu estava prensada entre Beyoncé e Rihanna, que tinham um metro e setenta cinco, além de saltos altos. Seus quadris estavam na altura dos meus ombros. Elas eram mulheres adultas, poderosas e plenamente realizadas, e tenho quase certeza de que eu usava aparelho nos dentes”, lembrou.
“Elas eram protetoras comigo. Naquele Natal, Beyoncé me enviou uma jaqueta ‘House of Deréon’ que dizia Miley nas costas com tachas douradas, que é a minha favorita, e alguns jeans com meu nome. Em uma de minhas músicas, ‘Cattitude’, eu digo: ‘E no meu aniversário de 16 anos, ganhei Deréon da casa da rainha'”, continuou.
Miley observou, ainda, que a amizade entre as duas se deu muito devido às suas semelhanças na vida pessoal. “Definitivamente, tenho uma persona – uma versão expandida e totalmente realizada de mim mesma – que utilizo como artista. Mas há um nível da minha vida que é super íntimo, sagrado e secreto. Às vezes esqueço de falar de coisas que fazem parte do meu dia a dia, como mandar mensagens para a Beyoncé. Acho que é uma parte muito fofa do nosso relacionamento, porque nos últimos anos eu realmente restringi minha privacidade e o que compartilho com o público”, explicou.
“Ela é do mesmo jeito. Parte do nosso relacionamento é a segurança entre nós. A composição ou o trabalho são apenas uma pequena parte do meu relacionamento com ela – ou com Dolly, ou com qualquer pessoa. Nossas personas têm um relacionamento, mas então nós temos um relacionamento. E eu adoro isso”, afirmou.
“Esnobada” no Grammy
Em fevereiro deste ano, Miley Cyrus se apresentou pela primeira vez no palco do Grammy Awards. Na mesma ocasião, a diva conquistou os gramofones “Gravação do Ano” e “Melhor Performance Solo de Pop” pelo hit “Flowers” – os primeiros de sua carreira. A vitória ressaltou que Cyrus “finalmente conquistou o respeito da indústria”, após ser subestimada por anos a fio.
Após assimilar a conquista muito aguardada pela própria artista e por seus fãs, Cyrus finalmente abriu o jogo sobre como se sentiu na maior noite da música. “Sem jogar indiretas, mas faço isso há 20 anos e esta é a primeira vez que sou levada a sério no Grammy?”, ironizou ela.
“Tive dificuldade em descobrir qual é o parâmetro [da Academia], porque se quisermos falar de estatísticas e números, então onde diabos eu estava? E se você quer falar sobre impacto na cultura, então onde diabos eu estava? Não se trata de arrogância. Estou orgulhosa de mim mesma”, questionou.
Mesmo tendo sido “ignorada” pela academia antes de “Flowers”, Miley certamente quebrou a internet em sua estreia na premiação. Sua performance no palco do Grammy já acumulou 39 milhões de views desde fevereiro e, segundo ela, tudo fazia parte de um “plano”.
Ao veículo, a diva detalhou a preparação para o grande momento: “Escrevi neste quadro dos sonhos que queria comparecer ao Grammy com uma confiança infantil, como quando uma criança não tem medo de simplesmente mergulhar no fundo do poço ou dar um salto mortal porque não sabe o que está do outro lado . Meu eu de 12 anos saiu e brincou, enquanto meu eu de 31 anos estava em Bob Mackie com cabelo grande”.
Mas, além da preparação espiritual e mental, foi necessário foco na parte física – algo que integra o dia a dia de Miley e que ela faz de uma forma um tanto inusitada.
“Meu estilo de vida é extremamente limpo. A sobriedade é uma grande parte disso. Meu mantra é, como qualquer atleta: ‘Pratique como você performa’. É por isso que treino de salto alto. A academia parece muito difícil, mas eu tenho meus sapatos Gucci marfim porque eles me lembram Marilyn Monroe. Eu treino de salto, a maior parte do tempo. Estou interessada em feminizar o espaço de treino, porque muitos dos equipamentos de treino são feios”, ressaltou.
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