Morreu na madrugada desta quarta-feira (10), aos 77 anos, o jornalista Paulo Henrique Amorim. O jornalista estava em casa, no Rio de Janeiro, quando sofreu um infarto fulminante, informação confirmada por sua esposa ao R7.com.
Formado em Sociologia e Política, Amorim iniciou sua trajetória no jornalismo em 1961, no jornal “A Noite”. Trabalhou como correspondente internacional em Nova York, para as revistas “Realidade” e “Veja”, e também para a extinta TV Manchete, e para a TV Globo. Em 1996, deixou a emissora carioca para apresentar o “Jornal da Band” e o programa de discussão política “Fogo Cruzado”, na TV Bandeirantes.
Após uma passagem pela TV Cultura, foi contratado em 2003 pela RecordTV, na qual estava no ar até o mês passado, quando foi afastado – supostamente por pressões políticas – do “Domingo Espetacular”. Paulo ainda era proprietário do blog “Conversa Afiada”, através do qual comentava as principais notícias do cenário brasileiro, de forma contundente.
Como jornalista, cobriu eventos importantes e de repercussão internacional como a eclosão do vírus ebola na África, a eleição e posse de Bill Clinton nos Estados Unidos, o terremoto de 1994 em Los Angeles, a guerra civil de Ruanda e a rebelião zapatista no México.
Em seu primeiro emprego na área, no jornal “A Noite”, do Rio de Janeiro, reportou a renúncia do presidente Jânio Quadros e a posse de João Goulart, que seria derrubado em 1964 pela ditadura. Em 1972, ganhou o Prêmio Esso na categoria “Informação Econômica” pela reportagem “A Renda dos Brasileiros”, para a revista Veja.
Amorim deixa uma filha; a mulher, Geórgia Pinheiro e um legado no jornalismo brasileiro.