Hugo Gloss

Mulher que acusou Snoop Dogg de abuso sexual desiste de processo; entenda o caso

Desde fevereiro deste ano, uma mulher vinha acusando o rapper Snoop Dogg de agressão sexual. No entanto, nesta quarta-feira (6), a declarante – que não teve seu nome divulgado – retirou o processo civil contra o artista.

Segundo informações da revista Billboard, a ação foi arquivada a pedidos da defesa de Jane Doe (pseudônimo coletivo usado nos EUA quando o nome verdadeiro de uma pessoa é desconhecido ou está sendo mantido em segredo intencionalmente). Seus advogados, entretanto, não explicaram o motivo da desistência.

No processo, a vítima acusou Snoop (cujo nome verdadeiro é Calvin Cordozar Broadus Jr.) de forçá-la a realizar sexo oral após um show na cidade de Anaheim, na Califórnia, em 2013. Desde o início do imbróglio judicial, o cantor negou todas as acusações e, há cerca de duas semanas, solicitou à Justiça norte-americana o arquivamento do caso.

Como argumento, os advogados do músico apontaram que o processo estava “cheio de ‘insinuações e declarações irrelevantes’ e desprovido de acusações legais válidas”. “Não é de surpreender que a demandante tenha rejeitado sua queixa contra os réus. Sua queixa estava cheia de falsas alegações e deficiências”, declarou um representante do rapper à Billboard, ontem (7). De acordo com o site, a defesa da mulher foi procurada, mas não se manifestou.

Histórico

A ação de ‘Jane Doe’ foi aberta em 9 de fevereiro deste ano, em um tribunal federal de Los Angeles. Ela processou Snoop Dogg por uma violação da Lei de Proteção às Vítimas de Tráfico, agressão e abuso sexual. O sócio do rapper, Bishop Don “Magic” Juan, também foi citado no processo.

Na época em que as acusações vieram à tona, o TMZ divulgou documentos nos quais a moça detalhava a suposta agressão. De acordo com depoimento da modelo e dançarina, o sócio de Dogg teria lhe oferecido uma carona após o show do rapper em Anaheim. Ela afirmou que adormeceu no caminho e então teria sido levada para a casa de Bishop. No local, ela teria acordado às 4h – momento em que Bishop teria tirado o pênis da calça e o teria forçado em sua boca.

Jane Doe apontou, ainda, que o sócio de Snoop exigiu que fosse com ele ao estúdio de gravação onde estava o cantor. Ela teria sido informada de que o rapper a contrataria para um papel em um programa de TV, mas ao chegar no local, a modelo teria reclamado de dor de estômago. Enquanto ela estava no banheiro, Dogg teria entrado e a forçado a fazer sexo oral nele. Na sequência, a voz de “Drop It Like It’s Hot” teria se masturbado e ejaculado no colo e no pescoço dela.

Segundo informações do tabloide britânico Independent, ‘Jane’ descreveu que se sentiu humilhada, aterrorizada e em pânico durante as interações. Ela compartilhou, também, que o cantor insitiu que não a contrataria porque ela “se recusou a fazer sexo oral de boa vontade e com entusiasmo”.

Na época, Snoop Dogg negou todas as acusações e disse ao TMZ que tudo isso “não passava de um monte de mentiras”. Uma fonte anônima afirmou que a mulher teria pedido US$ 10 milhões (cerca de R$47 milhões) para não dar continuidade à ação judicial, valor que o cantor se recusou a pagar. Em seu perfil do Instagram, o artista postou uma mensagem: “Gold Digger” – título de uma canção de Kanye ‘Ye’ West, que pode ser traduzido como “interesseira”. Segundo a publicação, o post seria uma referência ao processo e uma alfinetada na modelo.

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