Mulher que fez ofensas racistas contra filha de Giovanna Ewbank e Bruno Gagliasso é condenada a pagar danos morais; saiba valor

Day McCarthy proferiu falas de cunho racista contra Titi em um vídeo no Instagram

A influenciadora que ofendeu Titi Gagliasso com termos racistas foi condenada pela Justiça do Rio de Janeiro a pagar uma indenização de R$ 180 mil em danos morais para a família de Bruno Gagliasso e Giovanna Ewbank. A sentença foi divulgada pelo jornal O Globo nesta quarta-feira (7). Segundo o veículo, o valor ainda passará por correções monetárias e poderá ultrapassar R$ 500 mil.

O caso aconteceu em 2017, quando Day McCarthy usou suas redes sociais para chamar a menina de “macaca”, além de dizer que ela tinha “cabelo horrível, de bico de palha” e “nariz de preto”. Na época, os atores entraram com uma ação contra McCarthy, que mora fora do país. O jornal explicou que a mulher irá recorrer na esfera cível, mas, caso ela seja acusada pelo Ministério Público, poderá ser condenada criminalmente.

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Já o Notícias da TV afirmou que a ré não chegou a se defender perante o juiz. O portal apontou que foram feitas inúmeras tentativas de comunicação com McCarthy, mas ela não respondeu nenhuma delas. O magistrado Leonardo Grandmasson Ferreira Chaves, que analisou o caso, determinou que os vídeos os quais a influenciadora ofende a criança “evidenciam conteúdo racista e são inaceitáveis”, além de serem “absolutamente abomináveis” por insinuarem uma “verdadeira perpetuação das ofensas” e “renovar o sofrimento das vítimas envolvidas”.

Nos stories, McCarthy afirmou que foi questionada por vários jornalistas sobre o caso, mas só se pronunciará por meio de seu representante legal. Enquanto isso, a família de Titi comemorou a vitória em uma nota enviada por seu advogado, Alexandre Celano. “Recebemos com grande contentamento a notícia de que o Juízo da 32ª Vara Cível da Capital do Rio de Janeiro julgou integralmente procedentes os pedidos formulados pela família Gagliasso contra a influencer digital e socialite Day Macarthy – após mais de seis anos do início do trâmite da ação indenizatória– em sentença cirúrgica e sensível do magistrado Leonardo Grandmasson Ferreira Chaves”, começou o texto.

O comunicado ressaltou que a indenização financeira não apaga a experiência negativa vivida pela menina, mas serve de exemplo para que casos como esse não se repitam. “Nada apagará as marcas das atrocidades racistas cometidas pela ré, uma vez que os registros dos fatos continuarão disponíveis no ambiente virtual, que é público. Por outro lado, há o alento de que a condenação em compensar os morais sofridos, cujo valor atualizado supera a quantia de meio milhão de reais, ao que me parece, a maior quantia já arbitrada no país contra um racista, terá amplo efeito pedagógico na sociedade”, continuou.

Por fim, o texto conclui: “É de extrema relevância, pois diariamente assistimos à população preta sofrer as consequências do racismo, infelizmente ainda enraizado em muitos. A luta parecia eterna e por isso usamos o clichê de que a Justiça tarda, mas não falha”.

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