A dupla sertaneja Munhoz e Mariano está sendo processada por um pai e seu filho por oferecer bebida alcoólica para o adolescente durante uma apresentação em Porto Murtinho (MS), em junho deste ano. O caso foi divulgado pelo Splash UOL, que compartilhou detalhes da ação judicial.
Segundo o site, o menor tinha 15 anos quando foi chamado no palco para participar de uma disputa de dança. O prêmio, entretanto, só foi revelado ao término da competição: doses de whisky despejadas diretamente na boca. O documento afirma que “os requeridos [Munhoz e Mariano] fizeram com que o adolescente ingerisse altíssimas doses de uma bebida alcoólica fortíssima, até praticamente perder os sentidos”.
“Salienta-se que, pela idade do requerente, este não era capaz de consentir com o ato que estava sendo praticado”, continua o texto. O adolescente acrescenta que não estava bebendo na hora por causa da companhia do pai.
De acordo com o responsável, ele precisou subir no palco para retirar o menino. O homem conta que o filho “veio ao chão completamente desmaiado, conseguindo apenas murmurar algumas palavras aleatórias”. Em seguida, o pai levou o jovem para o hospital com ajuda de uma equipe de socorro, mas o adolescente só teve alta pela manhã.
“O requerente [filho] não recebeu qualquer apoio por parte dos requeridos [Munhoz e Mariano], que não se importaram com a situação e o mal que causaram ao adolescente. Não perguntaram sua idade ou tomaram qualquer precaução para saber se era maior de idade”, relata o pai. A família cobra uma indenização de R$ 500 mil por danos morais.
Também ao veículo, os advogados dos artistas rebateram a versão contada pelos autores do processo. Os representantes apontaram que o jovem subiu ao palco após dizer que era maior de idade. A defesa explicou que “um vasto acervo probatório, composto por fotos, vídeos, ata notarial e informações da própria rede social do garoto” pode comprovar que o adolescente já consumia álcool e cigarros, inclusive na presença dos pais.
“A dupla e a empresa MM Produções esperam o apoio do Ministério Público e do Conselho Tutelar para tomarem as medidas a fim de investigar e apurar a responsabilidade dos pais”, finalizaram os advogados.