Pai de Beyoncé, Mathew Knowles diz que se filha tivesse pele mais escura, “teria afetado o sucesso dela”

Uma hora ou outra, Mathew Knowles acaba dando algumas declarações que levantam questionamentos. Nesta quarta-feira (19), durante o programa “The Clay Cane Show” da rádio SiriusXM, o pai de Beyoncé revelou acreditar que se sua filha tivesse a pele mais escura, isso teria afetado sua carreira, por conta do colorismo.

Mathew explicou seu ponto de vista comparando a nossa diva à parceira do Destiny’s Child, Kelly Rowland. “Eu acho que [ter a pele mais escura] teria afetado o sucesso dela. E eu uso Kelly Rowland como exemplo. Ela é um grande exemplo. Mas você sabe, a coisa ótima da Kelly é que ela foi muito bem fora dos Estados Unidos, especialmente na Austrália. Kelly vendeu mais que quatro milhões de cópias. Ela saiu do script”, declarou ele.

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Para ele, ainda há uma segregação no meio musical. E o tom de pele de Queen B poderia ter contribuído para que ela fosse mais aceita no “padrão” buscado pela indústria. “Na indústria da música ainda há segregação. Os programadores, especialmente nas rádios pop, [tem] esse imaginário do que a beleza se parece. Eles queriam que esse imaginário fosse o mesmo dos que estão cantando nas gravações”, afirmou Knowles.

Kelly Rowland, Michelle Williams, Mathew Knowles e Beyoncé em 2005 (Foto: Frank Micelotta/Getty Images)

Reforçando o que pensa, ele lembrou de alguns casos em que clareavam a pele de estrelas para conseguir isso, não só como Bey, mas também Whitney Houston: “Se você olhar para trás, e olhar para aquelas fotos, até tipo Whitney Houston, como eles clarearam para parecê-la parecer mais clara na expressão”.

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Por fim, Mathew falou que tanto Queen B, quanto Whitney, podem ter vivido um pouco desse colorismo, ou seja, sofrendo preconceito racial que se intensifica conforme o tom da pele. “Tem uma percepção, o colorismo, que quanto mais claro você é, mais inteligente, mais economicamente… existe uma percepção ao redor do mundo sobre cor, mesmo com caras negros”, declarou.

Ouça a entrevista completa com Mathew aqui: