Pai de Ed Sheeran desabafa em funeral e revela que cantor não pôde se despedir da avó por conta de processo

Atualmente, Ed enfrenta acusação de violação de direitos autorais perante um júri federal de Manhattan, em Nova York, com base em supostas semelhanças entre “Get it On”, de Marvin Gaye, e o hit “Thinking Out Loud”

Desde a última semana, Ed Sheeran tem participado de uma série de audiências em torno do processo por plágio, no qual foi acusado de copiar trechos de Marvin Gaye em “Thinking Out Loud”. Nesta quarta-feira (3), o pai do cantor, John Sheeran, lamentou que o astro foi forçado a perder o funeral de sua amada avó, pois teve que “defender sua integridade” nos tribunais de Nova York.

Segundo informações do Daily Mail, John discursou durante o funeral, que aconteceu na Irlanda, ainda ontem. Na igreja lotada, o pai de Sheeran não conseguiu esconder a emoção ao falar da despedida do filho de sua avó, Nancy, de 98 anos, que inspirou uma das canções mais pessoais do artista, “Nancy Mulligan”, do álbum “Divide”, de 2017.

“Estou muito triste que nosso filho Edward não possa estar aqui hoje. Ele está tão chateado que não pode estar presente. Ele teve que estar a milhares de quilômetros de distância em um tribunal na América defendendo sua integridade”, explicou John. “Eu sei que ele se sente confortado pelo fato de ter passado um tempo precioso sozinho com sua avó há apenas um mês”, continuou John. Veja fotos, clicando aqui.

Ed Sheeran e a avó, Nancy. (Foto: Arquivo Pessoal)

Ainda de acordo com o veículo, o cantor acompanhou o adeus final a Anne ‘Nancy’ Sheeran por meio de um livestream, que aconteceu diretamente da St Patrick’s Church, em Monaseed, vila natal de Nancy, situada nas colinas do Condado de Wexford, na zona rural irlandesa. O local estava lotado de familiares e amigos, além de “guardas de honra”, que foram cedidos por clubes locais de boxe e golfe dos quais Nancy participava.

John Sheeran, o filho mais novo de Nancy, descreveu a vida da matriarca como “rica e realizada”. Durante as homenagens, ele referenciou a história de amor ao estilo “Romeu e Julieta” de seus pais, que se conheceram em Londres durante a Segunda Guerra Mundial, mencionada no hit de Ed Sheeran. Ouça abaixo:

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Relembre o caso

Atualmente, Ed enfrenta acusações de violação de direitos autorais perante um júri federal de Manhattan, em Nova York, com base em supostas semelhanças entre “Get it On”, de Marvin Gaye, e o hit “Thinking Out Loud”. Nesta segunda-feira (1º), o ruivo afirmou que vai deixar a música caso seja condenado no julgamento.

“Se isso acontecer, não faço mais música, vou parar. Acho realmente um insulto dedicar toda a minha vida a ser um artista e compositor e ter alguém diminuindo isso”, apontou ele.

O julgamento está acontecendo em Nova York, e os responsáveis pela ação pedem uma indenização de cerca de 100 milhões de euros – mais de 550 milhões de reais na cotação atual. “Let’s get it on” fez parte de trilhas sonoras de filmes e comerciais. Enquanto isso, “Thinking Out Loud” ganhou um “Grammy” na categoria “Música do Ano” e chegou ao segundo lugar da Billboard Hot 100.

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De acordo os advogados de Sheeran, a estrutura utilizada por ele está disponível on-line. “As duas músicas compartilham versões de uma progressão de acordes semelhante e desprotegida que estava disponível gratuitamente para todos os compositores”, afirmaram durante o processo.

Ed Sheeran está sendo acusado de plágio. (Foto: Getty)

No tribunal, a acusação apresentou um vídeo em que Ed teria feito uma “transição perfeita” entre as duas músicas durante uma performance ao vivo. Segundo eles, esta era uma confissão de que ele havia “roubado” a música.

O músico, entretanto, alegou que em outras ocasiões combinou “Thinking Out Loud” com “Crazy in Love”, de Van Morrison, e “I Will Always Love You”, de Dolly Parton. “Eu misturo músicas em muitos shows. Muitas músicas têm acordes semelhantes. Você pode ir de ‘Let It Be’ para ‘No Woman No Cry’ e voltar. E, francamente, se eu tivesse feito o que você está me acusando, eu seria um idiota em subir no palco para 20 mil pessoas e fazer isso”, concluiu.

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