Toda internacional! Anitta passou pela Itália e concedeu uma entrevista bem pessoal para o site Freeda, falando sobre os preconceitos que sofre por ser mulher, sobre como conseguiu superar a depressão e explicando por que demorou para se abrir publicamente sobre sua bissexualidade.
“Sou Anitta e uma mulher que foi capaz de criar seu próprio futuro”, descreveu-se a cantora antes de explicar os preconceitos que enfrenta por ser uma mulher sensual na indústria. “Eu sempre sofri vários tipos de preconceito. 1- porque eu sou uma mulher, 2- porque ainda sou muito nova, 3- porque eu uso muita sensualidade no meu trabalho”, explicitou a diva.
Ela seguiu explicando de onde vem esse julgamento. “Quando as pessoas veem você sendo sensual na música urbana e basicamente rebolando a bunda, elas pensam que você não é inteligente ou talentosa o suficiente, que você não tem seus próprios pensamentos”, afirmou. “Outro tipo de preconceito é que eu vim de um lugar muito pobre do Brasil. Mas eu não gosto de sofrer por essas coisas. Eu acho que toda vez que alguém me julga ou pensa mal de mim, eu crio forças para ir além e trabalhar mais.”
Apesar dos rumores de que já havia se relacionado com outras mulheres, Anitta não confirmou que era bissexual até ano passado e teve um bom motivo para isso. “Eu sempre gostei de garotas. Eu contei para minha mãe quando tinha 13 anos. Eu só esperei pelo melhor momento para contar isso ao público para que as pessoas não criassem notícias sensacionalistas e tratassem isso como uma grande coisa. Do tipo ‘essa é quem ela é’”, pontuou a cantora.
“Eu não quero isso para minha vida. Quero que minha bissexualidade seja natural e seja tratada com normalidade”, continuou ela. “Ninguém vai cantar na televisão e fala ‘oi, sou hétero’. Ninguém precisa fazer isso. É assim que quero que lidem com minha bissexualidade. Se você vir um homem e uma mulher se beijando na rua, vai lidar com isso com naturalidade. Eu quero que vejam eu com uma garota tão naturalmente quanto”.
Por fim, a diva falou se abriu sobre depressão e refletiu sobre o que teria contribuído para o surgimento da doença em sua vida. “Acho que a depressão chegou para mim quando comecei a prestar atenção demais ao que as pessoas tinham a dizer sobre mim. Quando você entende que as pessoas não conhecem sua história, não sabem pelo que você passou, não sabem como é… estão vendo de fora e não sabem o que você passou para chegar até aquele ponto. Quando entendi isso, comecei a ver os comentários, a pressão e as expectativas que têm de mim assim: ‘é, eles não sabem de nada’. Eles estão falando, mas não sabem a coisa real que se passa na minha vida. Não tem propriedade para falar. Minha mãe tem, meu irmão tem… Quando entendi isso, fiquei melhor na minha vida”, analisou.
Assista abaixo: