Em entrevista ao Evening Standard nesta quarta-feira (7), Phoebe Dynevor, conhecida por estrelar “Bridgerton“, fez uma crítica sobre a falta de papeis destinados para atrizes da sua idade. A estrela também revelou se os fãs da série da Netflix podem esperar seu retorno em novas temporadas.
Apesar de ter participado de produções que alavancaram sua carreira, Phoebe expressou sua insatisfação com a indústria. “Eu li alguns roteiros ótimos recentemente. E sim, eu provavelmente não deveria estar dizendo isso, mas ainda não há tantos papeis assim. Existe um grande espaço para atores masculinos. São tantos e eles são todos ótimos. São todos jovens muito talentosos e não param de trabalhar, o que é bom para eles”, explicou.
Contudo, ela ressaltou que a mesma fórmula não funciona para as atrizes mais jovens. “Mas você sabe, quando penso nas mulheres da minha idade… há muito mais espaço para eles e ainda não há espaço suficiente para nós. É um momento muito bom para as mulheres mais velhas, o que é incrível e há muito para esses homens jovens. Mas não muito para as atrizes que conheço na minha faixa etária”, afirmou.
Mesmo com as críticas, Phoebe não se mostrou abalada e falou do futuro. “Eu quero produzir, eventualmente. Gostaria de criar o material que sinto que falta. Não sei quando isso acontecerá, mas é um sonho meu”, admitiu.
Voltará para “Bridgerton”?
Certamente interpretar Daphne Bridgerton no fenômeno da Netflix foi um marco na trajetória de Dynevor. A personagem foi o foco da primeira temporada e, aos poucos, deixou a produção no segundo ano. O fim definitivo foi marcado pela saída da atriz do grupo de WhatsApp que o elenco tem. Phoebe deixou o chat, já que não integrará a nova leva de episódios, marcada para maio deste ano.
Apesar disso, ela não se distanciou dos colegas de profissão e entregou que a pessoa com quem tem mais conexão é o ator Jonathan Bailey, que vive o galã Anthony na série. Ao ser questionada se retornaria para o universo de “Bridgerton”, Phoebe deixou uma resposta no ar. “Essa série é única porque cada um tem a sua temporada. Se houvesse um bom motivo para eu voltar, então talvez”, disse.
A estrela recordou, ainda, a vez em que esbarrou com o antigo parceiro de cena, Regé-Jean Page, em um evento. “Eu encontrei Regé no tapete vermelho outro dia e nós dois pensamos: ‘Mas sério, o que foi isso!?’. Ainda estou me recuperando disso. Filmar a primeira temporada de ‘Bridgerton’ foi provavelmente o momento mais feliz que já tive na minha vida”, confessou.
Premiações
Outro orgulho de Phoebe Dynevor é sua indicação ao “EE Bafta Rising Star”, o único prêmio do BAFTA votado pelo público. A nomeação da atriz veio após ela viver a protagonista de “Jogo Justo”, Emily. Inicialmente, Chloe Domont comandou um filme independente, que mais tarde foi adquirido pela Netflix.
“Parece que agora é um filme da Netflix. Mas na época era completamente independente. Você sabe, eles não tinham dinheiro para gravar o filme. Acho que as pessoas olham para ele agora e pensam: ‘Ah, é um filme da Netflix’. Mas o que Chloe conseguiu fazer com tão pouco dinheiro com aquele filme é simplesmente incrível”, destacou Dynevor. “Ninguém aceitaria este trabalho pelo reconhecimento. Mas isso realmente significa muito”, acrescentou.
À publicação, a estrela entregou que chegou a implorar o papel para Domont. “Quando conheci Phoebe pela primeira vez, tive a reação imediata de que ela era minha Emily. Desde seu talento em trabalhos anteriores até nossas conversas sobre a personagem e, o mais importante, sua empolgação em embarcar nessa montanha-russa psicótica de história me deu total confiança”, cravou a diretora.
Phoebe contou, ainda, que estava se preparando para um drama e ficou surpresa ao descobrir que era um gênero completamente oposto. “Há uma cena no corredor quando Emily está voltando para o apartamento pela primeira vez depois de ser promovida. Foi uma das primeiras cenas que filmamos. E do jeito que Chloe estava filmando, eu pensei: ‘Espere, estamos filmando um thriller?'”, recordou.
Ficção X Realidade
Ainda na entrevista, Phoebe comparou Emily com as mulheres na vida real. Partindo da premissa de “Jogo Justo”, ambientada em um escritório de finanças, majoritariamente formado por homens e com uma política sexual a ser questionada, a protagonista precisa mostrar seu talento para se destacar.
“Parecia a minha história, e parecia a história de todas as mulheres que conheço. Seja trabalhando em um ambiente dominado por homens ou tendo um relacionamento com alguém que se sente ameaçado por você, todas essas coisas com as quais as mulheres lidam o tempo todo. Eu tirei proveito da experiência pessoal? Claro. Estou disposta a falar sobre isso? Na verdade, não, mas aproveitei as experiências que tive no passado”, refletiu Dynevor.