Processo por estupro contra Jay-Z e Sean ‘Diddy’ Combs é arquivado; rapper se manifesta

Gravadora de Jay-Z compartilhou um comunicado oficial

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O processo contra Sean “Diddy” Combs e Jay-Z, que os acusava de envolvimento no estupro de uma menina de 13 anos no ano 2000, foi arquivado. De acordo com documentos judiciais apresentados na sexta-feira (16) em Nova York, os advogados que representavam a denunciante retiraram voluntariamente a ação.

O pedido para arquivar, divulgado pela Variety, foi assinado pelos advogados Tony Buzbee e Antigone Curis. No documento, a defesa da mulher declarou que “por meio deste, dá aviso de que a Ação acima mencionada é voluntariamente rejeitada, com prejuízo”. A expressão “com prejuízo” indica que a ação não poderá ser reaberta no futuro.

Após a decisão, a Roc Nation, empresa de entretenimento de Jay-Z, divulgou um comunicado assinado pelo próprio rapper, cujo nome verdadeiro é Shawn Carter. No texto, Jay-Z classificou a decisão como uma “vitória” e destacou o impacto negativo das acusações sobre sua família.

Leia a íntegra:

“Hoje é uma vitória. As alegações frívolas, fictícias e terríveis foram rejeitadas. Este processo civil não tinha mérito e nunca levaria a lugar nenhum. O conto fictício que eles criaram era risível, se não fosse pela seriedade das alegações. Eu não desejaria essa experiência a ninguém. O trauma que minha esposa, meus filhos, entes queridos e eu sofremos nunca pode ser rejeitado. Este advogado consegue entrar com um processo se escondendo atrás de uma mulher, e quando eles rapidamente percebem que a apropriação de dinheiro vai falhar, eles conseguem ir embora sem repercussões. O sistema falhou. O tribunal deve proteger as vítimas, É CLARO, enquanto com a mesma responsabilidade ética, os tribunais devem proteger os inocentes de serem acusados ​​sem um pingo de evidência. Que a verdade prevaleça para todas as vítimas e para aqueles falsamente acusados ​​igualmente”.

Relembre o caso

O caso veio a público em dezembro, quando o advogado Tony Buzbee ajuizou uma ação civil acusando Jay-Z de estuprar uma menina de 13 anos em 2000, juntamente de Sean “Diddy” Combs. O suposto abuso teria ocorrido em uma after party do MTV Video Music Awards, em Nova York. Em seu depoimento, a acusadora afirmou que “correu para um posto de gasolina próximo após o ataque e ligou para o pai pedindo uma carona para casa”.

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No entanto, surgiram inconsistências nos relatos. Por exemplo, o pai da vítima, que não teve sua identidade divulgada, não se recorda de ter dirigido por cinco horas para buscar a filha após a festa. Ele afirmou: “Acho que me lembraria disso, e não lembro. Tenho muita coisa acontecendo, mas isso é algo que definitivamente ficaria na minha memória”.

Sean Combs e Jay-Z numa festa da Roc Nation em 2020. (Foto: Getty)

A mulher também afirmou no processo que conversou com o músico Benji Madden na festa em que teria sido agredida sexualmente. Contudo, um representante de Madden confirmou que nem Benji e nem seu irmão Joel compareceram ao VMA de 2000, e que eles estavam em turnê na época.

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Questionada sobre as contradições, a mulher declarou que “nem todos os rostos estão claros” em suas lembranças, especialmente porque o episódio aconteceu há mais de 20 anos. “Cometi alguns erros. Posso ter cometido um erro ao identificar [as pessoas]”, ressaltou.

A acusadora, que agora tem 38 anos, revelou que morava em Rochester, Nova York, em 2000, e que comparecer ao VMA estava “na sua lista de desejos aos 13 anos”. Após fugir pela janela de casa, ela foi levada por uma amiga ao Radio City Music Hall, onde a premiação acontecia. Leia todos os detalhes, clicando aqui.

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