É Vittar, mainha! Nosso cristalzinho Pabllo Vittar foi eleita uma das vinte “líderes da próxima geração” pela conceituada revista Time. Além de tecer vários elogios à cantora, a publicação destaca que a “drag queen brasileira está fazendo uma tempestade no mundo pop” e que está “lutando pelos direitos LGBTQ pelo caminho”. Que orgulho!
A matéria menciona como Pabllo usa sua plataforma para dar luz a aspectos socioculturais e políticos, além de claro, a música. Na entrevista, a cantora falou sobre a importância em seu trabalho de divulgar a cultura LGBTQ+. “Não é só a arte do drag, ser artista LGBTQ, a gente tem uma causa social muito grande e importante por trás, pra mostrar pra essas novas gerações que elas podem, sim, ter voz ativa e fazerem o que elas quiserem”, afirmou.
“Como artista, você tem a obrigação de tomar posições sobre as coisas e trazer junto com a sua popularidade as mensagens que realmente importam. Se falar sobre isso me coloca em uma posição de risco, então vamos todos morrer tentando”, declarou. Maravilhosa!
Dados sobre o alto índice de violência contra a comunidade LGBTQ+ no Brasil ainda são mencionados na reportagem: foram 420 pessoas assassinadas no ano de 2018, incluindo a vereadora Marielle Franco, que recebeu destaque pela revista.
Ao entrar no assunto política, aliás, Vittar fez críticas ao presidente Jair Bolsonaro por seus diversos comentários homofóbicos. “Às vezes, sinto muita vergonha de ser brasileira por causa desse presidente. As pessoas estão morrendo. As pessoas estão tendo suas casas e direitos retirados. Cada vez o clima fica mais tenso no Brasil. Eu não sei o que acontece”, lamentou.
A artista ainda desabafou sobre a luta constante de se provar diante de olhares preconceituosos. “Todos os dias eu peço a Deus proteção pra mim, pra minha família, pros meus amigos e pros meus fãs que têm que sair na rua e trabalhar e se submeter a esse tipo de risco. Porque pra mim isso é um risco. No Brasil, ser artista LGBTQ é matar um leão a cada dia. Todo dia você tem que se provar que pode e mostrar pras outras pessoas isso”, explicou.
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Por fim, a drag exaltou as conquistas em sua carreira musical e revelou alguns sonhos e planos para o futuro. “Quero continuar indo em lugares que ainda não fui, que precisam dessa mensagem, desse brilho, desse conforto. Continuar fazendo minha música, levando essa mensagem e, quem sabe, até ganhar um Grammy”, finalizou. A gente torce muito pra que isso aconteça!
Na lista, vemos os nomes de outros artistas do mundo da música e do cinema, como (la) Rosalía, Thessa Thompson e o rapper Stormzy. Além deles, temos figuronas humanitárias como a jovem Gretha Thunberg e Lina Khan.
Confira a lista completa dos 20 líderes escolhidos pela Time:
Pabllo Vittar – Brasil – “Uma Drag Queen para o Mundo”.
David Miranda – Brasil – “Representando os Vulneráveis”.
Gretha Thunberg – Suécia – “A Garota que Entrou em Greve pelo Planeta”.
Rosalía – Espanha – “Desenhando um novo Flamenco”.
Tessa Thompson – Estados Unidos – “Lutando pela Representatividade”.
Stormzy – Reino Unido – “Embaixador pelo Crime”.
Carryminati (Ajey Negar) – Índia – “Abraçando suas Raízes”.
Dina El Wedidi – Egito – “Voz da Esperança”.
Kim “Geguri” Se-Yeon – Coréia do Sul – “Lutando pela Quebra de Esteriótipo de Gênero no Universo de Gaming”.
Ethan Lindenberger – Estados Unidos – “Apoiando a Ciência”.
Ramla Ali – Reino Unido e Somália – “Lutando Acima de seu Peso”.
Tunde Wey – Nigéria – “Alimentando o Conhecimento”.
Brian Gitta – Uganda – “Revolucionando a Luta contra a Malária”.
Lina Khan – Estados Unidos – “Ajudando a Amazônia”.
Aori Nishimura – Japão – “Encontrando Sucesso após Lesão”.
Davóne Tines – Estados Unidos – “Enfrentando o Racismo com a Música”.
Zainab Fasiki – Marrocos – “Usando Quadrinhos para Lutar contra o Machismo”.
Selly Rabe Kane – Senegal – “Celebrando a Arte Africana”.
Alexander Gorbunov – Rússia – “Se Posicionando Contra Putin”.
Amanda Johnstone – Austrália – “Inovando para Acabar com o Suicídio”.