Os ossos do cantor Claudinho, da dupla Claudinho & Buchecha, sumiram do cemitério Memorial do Carmo, na Zona Norte do Rio de Janeiro. A informação foi confirmada pela viúva do cantor em um vídeo enviado ao programa “A Tarde é Sua”, desta sexta-feira (16). Claudinho morreu em um acidente de carro em julho de 2002.
De acordo com o colunista Alessandro Lo-Bianco, Vanessa Alves entrou na Justiça após descobrir que os restos mortais do artista foram retirados do jazigo particular sem o consentimento da família. A viúva contou que ficou sabendo da movimentação por meio do vídeo de uma criadora de conteúdo que visita túmulos de famosos.
Em seguida, ela procurou a administração do cemitério e foi informada que o corpo do marido tinha sido exumado. Quando Claudinho morreu, a gravadora da dupla disponibilizou o espaço para a família do artista.
“Me informaram que fizeram a exumação após tentar contato com a família por telegrama. Eles fizeram a exumação e colocaram ele em um ‘nicho especial’. Ele tá junto de seis ou sete restos mortais de outras pessoas. Fiquei muito triste. Por ser um jazigo perpétuo, eles não deveriam abrir”, lamentou.
Assista:
A ação judicial está tramitando na 1º Vara Civil da Ilha do Governador e define o caso como “extremamente grave”, apontando uma possível “máfia dos cemitérios”. Segundo o colunista, o espaço foi vendido clandestinamente para outra família.
“Os restos mortais do cantor não mais se encontravam em seu devido jazigo e sim de outra pessoa, diante de uma realidade perturbadora, que não apenas viola o direito à memória e ao luto, mas também expõe falhas graves no gerenciamento dos espaços cemiteriais”, diz um trecho do processo. O caso agora está sendo investigado pelo Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro.
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