Nesta sexta-feira (19), uma fonte anônima próxima ao príncipe William zombou de Harry e Meghan Markle por afirmaram ter sofrido uma perseguição de carro “quase catastrófica” com paparazzi na cidade de Nova York.
Segundo o tabloide Daily Beast, o contato – que seria amigo próximo do herdeiro ao trono britânico – fez pouco caso da experiência dos pais de Archie e Lilibet.
“William e Kate suportaram coisas assim no passado”, apontou a testemunha anônima. “Todo mundo entende a raiva [de Harry] contra os fotógrafos, mas fazer declarações histéricas não ajuda, especialmente quando, como a rainha poderia ter dito, os relatos podem variar”, debochou ele.
O confidente próximo do príncipe apontou, ainda, suposta “incoerência” entre o discurso e as ações de Harry e Meghan. Segundo a fonte, o casal não deveria nem mesmo ter participado do “Women of Vision Awards”, evento que antecedeu o incidente de terça-feira (16), considerando que eles deixaram seus deveres reais em 2020 para “evitar os holofotes”.
“Achei que eles estavam deixando a família real para uma vida mais tranquila. Se os flashes dão flashbacks a Harry, não entendo por que ele vai a cerimônias de premiação”, alfinetou o amigo de William.
Uma segunda fonte não identificada, esta próxima ao rei Charles III, concordou que a reação de Harry e Markle ao confronto com os fotógrafos foi exagerada.
“Charles entenderá completamente que Harry está chateado por ser perseguido pelos paparazzi”, disse o amigo do monarca ao site. “Ele sabe o quão assustador pode ser. Mas ele sempre tentou fazer Harry entender que reclamar dos fotógrafos ou da mídia é inútil. Isso só torna tudo pior”, reforçou.
Entenda o caso
O príncipe Harry, Meghan Markle e Doria Ragland, mãe da duquesa, se envolveram em uma perseguição de carros de paparazzi ao deixarem um evento em Nova Iorque, Estados Unidos, na terça-feira (16).
De acordo com o porta-voz do casal, a situação por pouco não terminou em “catástrofe” e várias colisões foram registradas ao longo do trajeto. “Ontem à noite, o Duque e a Duquesa de Sussex e a Sra. Ragland estavam envolvidos em uma perseguição de carro quase catastrófica com paparazzi altamente agressivos. Essa perseguição implacável, com duração de mais de duas horas, resultou em várias colisões próximas envolvendo outros motoristas na estrada, pedestres e dois policiais da Polícia de Nova York”, informou em comunicado à imprensa, divulgado na quarta (17).
“Embora o status de figura pública venha com um nível de interesse do público, nunca deve vir a custar a segurança de ninguém. A disseminação dessas imagens, dadas as maneiras como foram obtidas, incentiva uma prática altamente intrusiva que é perigosa para todos os envolvidos”, alertou o texto.
A perseguição aconteceu após o evento ‘Ms. Foundation Women of Vision Award 2023’ que premiou Markle nesta terça-feira (16). Pelo relato divulgado pelo TMZ, o trio entrou em um carro com a polícia logo atrás, quando começou a ser seguido. Em determinado momento, eles conseguiram migrar para um táxi enquanto dois policiais tentaram enganar os fotógrafos dirigindo para outra direção. Testemunhas disseram que alguns paparazzi estavam em veículos camuflados que causaram infrações de trânsito, incluindo dirigir pela calçada e ultrapassar o sinal vermelho.
No entanto, nesta quarta-feira (17), a polícia local e o prefeito de NY se pronunciaram sobre o ocorrido. Em nota, o comissário adjunto Julian Philips alegou que os fotógrafos só teriam atrapalhado o percurso da família. “O Departamento de Polícia de Nova York ajudou a equipe de segurança privada protegendo o duque e a duquesa de Sussex. Muitos fotógrafos dificultaram o transporte. O duque e a duquesa de Sussex chegaram ao seu destino e não houve relatos de colisões, intimações, feridos ou prisões a respeito [do incidente]“, declarou ele.
O prefeito de Nova Iorque, Eric Adams, reiterou a fala de Phillips e ainda fez um alerta. “Está claro que a imprensa, os paparazzi, eles querem o clique certo, eles querem a história certa, mas segurança pública sempre deve vir primeiro”, comentou ele. Adams também contou que a perseguição quase levou à colisão com outros carros, pedestres e ainda poderia ter machucado dois policiais.
Ele lembrou sobre o trágico caso que levou à morte da Princesa Diana, mãe de Harry. “Nova York é diferente de uma cidade pequena. Você não deveria acelerar em lugar nenhum, mas esta é uma cidade densamente povoada e acho que todos nós… Acho que não há muitos de nós que não se lembram como a mãe [do príncipe Harry] morreu e seria horrível perder testemunhas inocentes durante uma perseguição como esta, e algo ter acontecido com eles também, então acho que temos que ser extremamente responsáveis”, disse Adams.
Apesar de toda a situação, o Palácio de Buckingham se recusou a falar sobre o assunto. De acordo com a Page Six, nem o pai e o irmão distantes de Harry, e nem nenhum outro membro da família real, entraram em contato com ele e Markle desde então.
Harry e Meghan deixaram seus cargos na Família Real em 2020 e se mudaram para os Estados Unidos justamente devido ao assédio da mídia. Em entrevista à Oprah Winfrey em 2021, o príncipe deu a entender que tinha medo do que poderia acontecer com a esposa após a morte da mãe dele, Diana, que sofria com a pressão da imprensa. “Meu maior medo era que a história se repetisse“, declarou.
Diana morreu em 1997 em um acidente de carro na Pont de I’Alma, em Paris. A princesa estava tentando fugir dos paparazzi junto com seu namorado, Doddi Al-Fayed, no momento da batida. Dodi e o motorista da Mercedes-Benz que levava o casal morreram. O único sobrevivente foi o guarda-costas de Diana, Trevor Ress-Jones.
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