A família real britânica se envolveu em uma nova controvérsia. Nesta quarta-feira (29), o jornalista Piers Morgan revelou os membros reais que teriam proferido comentários racistas sobre Archie, filho do príncipe Harry e Meghan Markle. As declarações surgiram após o lançamento do livro “Endgame: Inside the Royal Family and the Monarchy’s Fight for Survival”, de Omid Scobie. O autor da obra, entretanto, negou que tenha citado nomes na versão publicada oficialmente na Inglaterra.
Há cerca de dois anos, Harry e Meghan confessaram na entrevista à Oprah Winfrey que pessoas do Palácio de Buckingham teriam expressado “preocupação” sobre o tom de pele do primogênito. Os nomes, entretanto, nunca foram revelados pelo casal. Contudo, Morgan informou em seu programa que estes seriam o Rei Charles III e Kate Middleton, esposa do príncipe William.
A informação estaria na versão holandesa do livro, que já saiu de circulação após um “erro de tradução”. Ainda não se sabe se de fato houve tal falha ou se os nomes estavam em um rascunho do livro e teriam sido vazados. O que fora garantido até o momento, pelo próprio autor da obra, é que Charles e Kate não estão citados na versão em inglês.
Morgan ainda opinou sobre o possível caso de racismo. “Não faz muito sentido, porque como você traduz erroneamente nomes? Não acredito que nenhum comentário racista tenha sido feito por alguém da família real. E até que haja evidências reais desses comentários, nunca acreditarei”, admitiu. Assista:
In BOMBSHELL royal news, #PiersMorgan ID’ed the senior royals who #MeghanMarkle and #PrinceHarry claimed made racist comments about the skin color of their unborn son, Archie: #KingCharles and #KateMiddleton. https://t.co/mVvEkaADwh (🎥: TalkTV) pic.twitter.com/lQLbt7uik5
— TMZ (@TMZ) November 30, 2023
Autor se pronuncia
Em entrevista ao programa britânico “This Morning”, Omid Scobie negou ter citado qualquer nome. “Nunca apresentei um livro que contivesse esses nomes”, garantiu. Ele reiterou que a situação não foi criada como uma estratégia para vender livros, apesar das declarações da mídia internacional. O escritor lamentou o possível cancelamento, chamou o incidente de “um assassinato de reputação” e disse estar recebendo “ataques injustos”. “A verdade é que esse livro cobre muita coisa que a imprensa britânica não quer falar, porque faz parte disso”, salientou.
De acordo com Scobie, há uma investigação em andamento para descobrir quem seria o responsável pela publicação dos dois nomes. “A realidade é que esta é uma informação que não é do conhecimento apenas para mim. Os jornalistas de Fleet Street sabiam desses nomes há muito tempo. Todos nós seguimos um certo código de conduta quando se trata de falar sobre isso”, entregou.
“Estou tão frustrado quanto todo mundo com o que está acontecendo na Holanda com o livro, que foi imediatamente rescindido e agora está sendo reimpresso. E fico feliz em saber disso. Mas só posso falar da versão em inglês do livro que escrevi e produzi”, defendeu-se.
O jornalista explicou que nunca usou o termo racista em “Endgame”, mesmo sabendo que seria uma boa manchete. “Nós estamos falando de uma conversa que foi criada sobre o tom da pele de Archie. E pra mim foi importante ir até o fundo disso. Por que não cobriram esse tema de novo? Por que o duque e a duquesa de Sussex não falaram disso? O que aconteceu nos bastidores?”, pontuou.
O autor também foi questionado sobre a aparição de Harry e Meghan na obra. “Eles não aparecem até a página 146. Eu disse previamente que eles são irrelevantes para o futuro da família real. Eu estou aqui apenas para falar das experiências anteriores e desses problemas que estamos falando que eles têm com a realeza hoje. Então eu tenho pouco interesse em saber o que eles estão fazendo na Califórnia”, confessou. Assista à entrevista completa:
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