Mais uma confusão no universo da realeza. A convite da edição de setembro da revista Vogue britânica, a Duquesa de Sussex foi responsável por montar uma lista das mulheres mais inspiradoras em sua opinião… Entretanto, a ausência de um nome em específico tem causado um certo incômodo…
As homenageadas incluem figuras políticas, celebridades e ativistas que apoiam causas sobre positividade corporal, mudanças climáticas, diversidade e direitos de transgêneros. No entanto, a Rainha Elizabeth não foi escolhida por Meghan, que recebeu reprovação de alguns internautas por ignorá-la.
Um dos internautas deixou o seguinte comentário na publicação: “Aqui temos mais um exemplo de Meghan fazendo as m*rdas glamourosas que ela adora fazer. Aposto que o artigo vai vir com um manual de instruções sobre como devemos ler e para não olharmos muito para sua foto. Mal posso esperar para ela tirar logo esse diploma de esposa”.
Em entrevista ao Mail Online, o comentarista interno Dickie Arbiter disse que a realeza deve “ter cuidado” ao se envolver com política. “É uma linha muito tênue, parece que tudo hoje tem uma conotação política. (…) A Vogue é um veículo para a realeza apresentar seus pontos de vista em termos de suas instituições de caridade favoritas e para levar a caridade para um círculo mais amplo – e um círculo que tem dinheiro para contribuir. Isso fará as pessoas se sentarem e colocarem as mãos nos bolsos”, finalizou.
Além do envolvimento com o tema citado acima, os seguidores também criticaram Meghan por promover amigas da antiga profissão na matéria. Ingrid Seward, da revista Majesty, disse ao portal The Sun: “A duquesa de Sussex fez um enorme favor para a ‘Casa Condé Naste’ (que detém domínio da Vogue) e muito pouco pela ‘Casa de Windsor'”.
Essa é a primeira vez que uma integrante da realeza é convidada para ser editora de uma matéria da revista de moda. A edição de setembro da Vogue britânica terá “Forces For Change” (“Forças da Mudança”) como título e trará histórias de “15 mulheres que estão reformulando a vida pública para um bem maior”, essas todas escolhidas pela Duquesa de Sussex.
Em meio às fotos da primeira página, observamos um quadrado espelhado. Esse detalhe foi intencional e escolhido por ela, para indicar ao leitor que ele também é uma força de mudança e parte desses movimentos. De acordo com Edward Enninful, editor-chefe da revista, Markle não quis ter sua foto estampada na capa da edição, pois acreditou que seria algo muito “arrogante” de se fazer.
Num comunicado à revista, a mãe de Archie demonstrou sua satisfação com o resultado do projeto. “Esses últimos 7 meses têm sido um processo muito gratificante, fazendo a curadoria em colaboração ao Edward Enninful, editor-chefe da British Vogue, que pegou a revista de moda mais lida do ano e direcionou seu foco para os valores, causas e pessoas criando impacto no mundo de hoje”.
“Por essas lentes eu espero que vocês sintam a força do coletivo nessa seleção de diversas mulheres escolhidas para a capa, assim como a dos times aos quais pedi ajuda para durante o projeto para que ele pudesse se concretizar. Espero que os leitores se sintam inspirados assim com eu, pelas “Forças da Mudança” que encontrarão nessas páginas”, concluiu Meghan.
Você confere a lista completa das estrelas escolhidas selecionadas a baixo.
1. Adut Akech, 19. Modelo.
Refugiada quando criança, Akech mudou-se do Sudão do Sul para o Quênia. Foi a segunda modelo negra na história escalada para um desfile de alta costura da Chanel.
2. Gemma Chan, 36. Atriz.
Graduada em direito pela Universidade de Oxford, abandonou a carreira de formação para entrar no show business.
3. Greta Thunberg, 16. Ativista sueca de mudanças climáticas.
Visitou a grã-bretanha em abril e iniciou uma greve de estudantes de 112 países, protestando questões climáticas. Indicada ao prêmio Nobel da Paz desse ano.
4. Jameela Jamil, 33. Apresentadora e ativista de positividade corporal.
Defende causas que lutam contra bullying e gordofobia. Primeira apresentadora solo mulher da BBC Radio 1 Chart em 60 anos.
5. Chimamanda Ngozi Adichie, 31. Palestrante e escritora.
Tem mais de 5 milhões de visualizações no vídeo de sua palestra de TEDxTalk sobre feminismo. Tem livros premiados pela Critics Circle Award.
6. Adwoa Aboah, 27. Modelo.
Lutou contra depressão enquanto adolescente, após uso de drogas. Em seguida de uma overdose e estadia em um hospital psiquiátrico, passou a apoiar causas que defendem a saúde mental.
7. Você!
8. Jacinda Ardern, 39. Primeira-ministra da Nova Zelândia.
Tornou-se a chefe de governo mais jovem do mundo em outubro de 2017 e a segunda líder mundial a dar à luz enquanto estava no cargo. Seu parceiro apresentador de TV tornou-se um pai que fica em casa.
9. Francesca Hayward, 27. Bailarina.
Dançarina principal do Royal Ballet, cargo mais alto possível.
10. Ramla Ali, 20. Boxeadora.
Campeã de boxe que chegou ao Reino Unido como refugiada. Sofreu bullying por ser mulher e fazer um esporte “masculino”.
11. Christy Turlington Burns, 50. Modelo.
Mãe, supermodelo e fundadora da “Every Mother Counts”, organização sem fins lucrativos dedicada a tornar a gravidez e o parto mais seguros em todo o mundo.
12. Salma Hayek Pinault, 52. Atriz e produtora.
Faz campanhas para aumentar a conscientização sobre a violência contra as mulheres e discriminação contra os imigrantes (e disse que ela já foi um imigrante ilegal nos Estados depois de se mudar do México).
13. Sinead Burke, 29. Ativista irlandesa.
Ativista irlandesa nascida com acondroplasia, um distúrbio severo do crescimento ósseo.
14. Jane Fonda, 81. Atriz, modelo e guru fitness.
Tem sido uma ativista política frequentemente controversa – foi uma firme opositora da Guerra do Vietnã, ganhando o apelido de “Hanói Jane” – e defende causas feministas, alegando em 2017: “Eu fui estuprada, fui abusada sexualmente quando criança e fui demitida porque não dormia com meu chefe.”
15. Laverne Cox, 46. Atriz e ativista LGBTQ+.
Atriz transgênero e defensora da causa. Se tornou a primeira figura trans a ser indicada ao Primetime Emmy Award.
16. Yara Shahidi, 19. Atriz e modelo.
Modelo e estudante de Harvard que lançou o movimento “Eighteenx18”, que incentiva o comparecimento dos eleitores às urnas.
O que acharam das representantes?