De acordo com uma nova biografia, a rainha Elizabeth II lutou secretamente contra um tipo terrível de câncer nos últimos anos de sua vida. A revelação foi divulgada no jornal britânico The Daily Mirror, nesta sexta-feira (25), e feita por Gyles Brandreth, um amigo do marido da monarca, príncipe Philip, a um livro de memórias, que está sendo lançado em partes. A publicação será chamada “Elizabeth: An Intimate Portrait” (Elizabeth: Um Retrato Íntimo, em tradução livre).
Nos meses que antecederam sua morte aos 96 anos, houve especulações generalizadas de que a rainha estava lidando com uma doença. Seu atestado de óbito listou oficialmente a causa do falecimento como “velhice”. Contudo, Brandreth afirmou que, na verdade, a monarca superou a agonia de um câncer de medula óssea – cujo sintoma mais comum é a dor óssea.
Brandreth escreveu: “Ouvi dizer que a rainha tinha uma forma de mieloma – câncer de medula óssea – o que explicaria seu cansaço e perda de peso e aqueles ‘problemas de mobilidade’ sobre os quais sempre nos contavam durante o último ano de sua vida”.
O informante explicou que a doença costuma afetar os idosos e termina atingindo a área da pelve e a região lombar. “Atualmente, não há cura conhecida, mas o tratamento – incluindo medicamentos para ajudar a regular o sistema imunológico e remédios que ajudam a prevenir o enfraquecimento dos ossos – pode reduzir a gravidade dos sintomas e prolongar a sobrevida do paciente em meses ou dois a três anos“, concluiu ele.
A biografia destaca a resiliência da rainha após a morte de seu marido, em abril de 2021. O casal ficou junto por mais de 73 anos e, segundo o livro, ela se manteve determinada a estar com o príncipe Philip quando ele partisse: Elizabeth “mal saiu do lado dele” nas últimas semanas de sua vida.
Um período de “intensa dor pessoal” logo se instalou, mas a rainha teria encontrado grande conforto em seus entes queridos e acreditava que era seu “dever cristão” seguir em frente. O livro acrescenta que a soberana teria dito que manter-se ocupada com seus deveres reais a ajudou a lidar com a perda. Porém, este ano, seus médicos recomendaram que Elizabeth deveria diminuir o ritmo, por causa do cansaço. “Preciso ser sensata”, teria reconhecido.
Nos últimos meses de sua vida, a saúde da rainha deteriorou-se rapidamente. “A verdade é que Sua Majestade sempre soube que seu tempo restante era limitado. Ela aceitou isso com toda a boa graça que você esperaria”, escreveu Brandreth. Ele complementa afirmando que, apesar de sua crescente fragilidade, ela adorou participar da festa do Jubileu de Platina em junho. A rainha teria descrito o evento como “muito divertido”.
Além dos dramas médicos, o autor também afirma que a saudosa soberana não demorou a tomar a decisão sobre retirar o príncipe Andrew de seus deveres reais após sua entrevista bombástica à BBC em 2019. Na ocasião, ele abordou sua amizade com o pedófilo condenado Jeffrey Epstein.
“A rainha assumiu um controle firme das coisas. Para usar o jargão militar, houve apenas alguns dias entre o ‘flash’ e o ‘bang’. A ação foi necessária e ela aceitou”, revelou um dos membros da corte. Mas ela se permitiu ser fotografada cavalgando com seu filho um dia depois que ele foi dispensado de suas funções. A biografia conta que a monarca ouviu com atenção enquanto o duque de York tentava explicar sua conexão com Epstein, respondendo apenas com uma única palavra: “Intrigante”.