Ryan Reynolds entrou com uma ação para rejeitar o processo de US$ 400 milhões (cerca de R$2,3 bilhões) movido por Justin Baldoni contra ele e sua esposa, Blake Lively. Em declarações divulgadas pelo Page Six nesta terça-feira (18), o ator argumenta que chamar Baldoni de “predador” não configura difamação, pois sua declaração se baseia em sua própria opinião e na liberdade de expressão garantida pela Primeira Emenda da Constituição dos Estados Unidos.
Nos documentos apresentados à Justiça, a equipe de Reynolds reforçou que ele “tem o direito da Primeira Emenda de considerar o Sr. Baldoni — ou qualquer homem que o Sr. Reynolds acredita ter assediado sexualmente sua esposa — com ‘profundo desdém’”. Os advogados afirmaram ainda que a acusação de difamação feita por Baldoni não se sustenta, pois a queixa não demonstra que Reynolds não acreditava na veracidade da declaração.
“A denúncia não alega isso, pelo contrário, as alegações na denúncia sugerem que o Sr. Reynolds acredita genuinamente que o Sr. Baldoni é um predador”, disseram os advogados Mike Gottlieb e Esra Hudson.
O caso teve início quando Baldoni, diretor e ator do filme “É Assim que Acaba”, estrelado por Blake, processou o casal em janeiro de 2024. Ele alegou que Reynolds teria dito à agência de talentos WME que Baldoni era um “predador sexual” e exigido que a empresa rompesse o contrato com ele. A WME negou ter recebido qualquer tipo de pressão e abandonou Baldoni como cliente em dezembro de 2024, após Lively acusá-lo de assédio sexual no set do filme.

Além disso, Baldoni afirmou que Reynolds o prejudicou na estreia de “Deadpool & Wolverine”, em julho de 2024, quando teria expressado seu descontentamento com a agência por continuar representando o diretor. Baldoni também alegou que Reynolds e Lively lideraram uma campanha de difamação para prejudicar sua reputação.
O porta-voz de Reynolds rebateu as alegações. “As reivindicações movidas contra o Sr. Reynolds são simplesmente uma lista de queixas tentando envergonhá-lo por ser o homem que o Sr. Baldoni fingiu ser, um homem que é ‘confiante o suficiente para ouvir’ as mulheres em sua vida”, declarou.
Nos documentos apresentados à Justiça, a equipe de Reynolds classificou a ação de Baldoni como “frívola” e alegou que a queixa não fornece detalhes suficientes para sustentar as denúncias. “Eles alegam difamação sem alegar quem foi difamado, o que especificamente foi dito ou como alguém sofreu dano real”, escreveram os advogados.

A defesa de Reynolds também questionou o valor exigido no processo: “Eles alegam uma indenização absurda de US$ 400 milhões sem explicar quais demandantes tiveram alguma perda real ou contabilizar os milhões de dólares que a Wayfarer e seu presidente bilionário, o Sr. Sarowitz, lucraram com este filme que eles alegam ter sido arruinado”. Até o momento, Baldoni ainda não se manifestou publicamente.
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