Desde que lançou o clipe de “I’m Not Here To Make Friends”, na semana passada, Sam Smith tem se visto no meio de um turbilhão de comentários. O vídeo faz parte da divulgação do novo álbum, “Gloria”, e traz um estilo diferente das melodias românticas do início de sua carreira. Por isso, enquanto muitos fãs exaltaram Sam, outros criticaram seu novo estilo musical. Com tantos ataques, a estrela fez questão de se manifestar.
Em 2019, Smith se assumiu como uma pessoa não-binária e mudou seus pronomes de gênero para elu/delu. Na época, Sam explicou que “flui em algum lugar entre masculino e feminino”, e que a nova identificação permitiria que “pudesse se amar por quem é”. Logo, seu novo lançamento expõe sua visão de mundo, com Sam aparecendo em roupas sensuais, extravagantes, brilhosas e coloridas. Contudo, a mudança não agradou todo mundo. Assista:
Com mais de dois milhões de visualizações, o clipe de “I’m Not Here To Make Friends” tem todos os tipos de comentários. “Errou demais, cansado de ver as pessoas tentando impor isso a todos. O cara é claramente doente mental. As crianças vão ver isso também.. Andrew Tate está preso por nada e este homem não está? Vil”, escreveu um usuário, fazendo referência ao influenciador que está sendo investigado por tráfico de pessoas e estupro. “Por que a mídia continua promovendo degenerados como Sam Smith?”, criticou outro.
Why does the media keep promoting degenerates like Sam Smith?
— Ian Miles Cheong (@stillgray) January 29, 2023
Messed up badly, sick of seeing people trying to push this on everyone. The bloke is very clearly mentally Ill. Children will see this as well.. Andrew tate is in jail for nothing and this man isn’t? Vile. https://t.co/r2IGdefP9F
— Matt (@mztty) January 29, 2023
Outras pessoas, entretanto, entenderam a chuva de comentários negativos como formas de preconceito – inclusive da própria comunidade LGBTQIAP+. “A quantidade de homofobia e gordofobia que Sam recebeu ultimamente (também de sua PRÓPRIA comunidade) é tão decepcionante”, reclamou uma internauta. “Se Sam Smith fosse magro, cis e hétero, não seria ridicularizado pela forma como se apresenta e se veste. Se Harry Styles usasse o mesmo look em uma capa de revista, vocês estariam gritando ‘YAS QUEEN'”, pontuou outra.
The amount of homophobia and fat-shaming Sam has been subjected to lately (that too from their OWN community) is so disappointing https://t.co/qxlxDhDGjx
— mazzy (@mazzypopstar) January 28, 2023
https://twitter.com/maemurrayxo/status/1619996988111720448?s=20&t=qpY_1oVdR_1RdLny3rhdMg
No entanto, Sam se abriu sobre a reação que recebeu de parte do público. Em uma nova entrevista ao “Apple Music 1”, Smith compartilhou que, embora tenham tido grande apoio de sua família e amigos, o ódio de estranhos tem sido difícil. “Acho que todos os únicos pontos negativos na luta foram na minha vida pública e no meu trabalho. Só a quantidade de ódio e m*rda que veio até mim foi simplesmente cansativo. Estava na p*rra do noticiário. Alguém cuspiu em mim na rua. É louco”, Sam disse a Zane Lowe.
Smith continuou, dizendo que não pode acreditar que esse tipo de tratamento ainda esteja acontecendo nos dias de hoje. “O que eu acho difícil sobre isso é como, se isso está acontecendo comigo e eu tenho fama, sou uma estrela pop, você pode imaginar o que outras crianças, como crianças queer, estão sentindo? E é tão triste que estejamos em 2023 e ainda esteja acontecendo. É cansativo e especialmente na Inglaterra”, lamentou.
Sam acrescentou que na sua vida pessoal “não há um ponto negativo” e que a relação com sua família melhorou ainda mais desde que se assumiu. Outro benefício é sua “vida amorosa”, já que agora Smith se sente “confortável” em sua própria pele. Este é o primeiro lançamento de Sam desde “Love Goes” (2020) e tem o single “Unholy”, líder das paradas. Assista à entrevista completa: