Sean “Diddy” Combs: Dançarina aponta famosos que participaram das festas do rapper

Ex-dançarina narrou controle de Diddy sobre ela e citou celebridades que viu nas festas organizadas pelo rapper

Adria Sheri English, um ex-dançarina que alega ter sido forçada a fazer sexo com convidados de Sean “Diddy” Combs, fez novas revelações surpreendentes sobre as festas “Freak Offs” do rapper. Em entrevista ao Daily Mail, a mulher entregou uma lista de nomes do alto escalão de Hollywood que participaram dos encontros.

English foi uma das vítimas que entrou com uma ação civil e uma queixa criminal contra o rapper no ano passado, meses antes de Combs ser preso e indiciado por tráfico sexual e extorsão. Em seu relato, a dançarina afirmou ter sido contratada para se apresentar nas “festas do branco”, em 2004.

De acordo com ela, as celebrações eram marcadas pela presença de grandes nomes da indústria, entre eles o ex-presidente dos Estados Unidos e empresário Donald Trump, bem como os rappers Ja Rule e Busta Rhymes, e até mesmo o famoso reverendo Al Sharpton.

Sean “Diddy” Combs, com Donald Trump e Melania Trump (Foto: Johnny Nunez/WireImage; Getty)

Adria passou a trabalhar nas festas do rapper em 2004, quando foi contratada por seus assessores. Na entrevista, ela descreveu Diddy como um “cafetão” que traficava mulheres para seus convidados famosos.

“Eu concordei em fazer isso porque, claro, estou em um evento exclusivo onde Jay-Z estava, e Beyoncé, Diddy, todos os grandes nomes”, começou ela. “Eu não sabia que isso iria se transformar em algo sexual”, reforçou English.

A dançarina detalhou que os atos sexuais ocorriam em um “quarto separado” durante as festas, longe da reunião principal. Ela destacou, ainda, que nem todos os convidados estavam cientes das supostas atividades ilícitas que aconteciam “por trás dos panos”.

Apesar de afirmar que não pode divulgar detalhes específicos sobre o que testemunhou devido ao seu processo judicial pendente, ela não hesitou em citar as celebridades que viu durante as festas. “Eu vi Busta Rhymes lá. Eu vi Ja Rule lá. Eu vi Diana Ross lá com seu filho, Evan, que era menor de idade. Eu vi Paris Hilton e o reverendo Al Sharpton. Ainda me pergunto por que o reverendo Al Sharpton estava lá”, admitiu Adria.

Paris Hilton e Sean “Diddy” Combs em uma das “Festas do Branco” em St. Tropez, França. (Foto: Jon Furniss/WireImage for MAC Cosmetics; Getty)

Ela também afirmou ter tido encontros sexuais com algumas das celebridades presentes nos “Freak Offs” de Diddy, mas se recusou a revelar seus nomes.

Promessas vazias

Além de revelar mais sobre as festas, Adria compartilhou detalhes sobre sua relação com Diddy. Os dois se encontraram pela primeira vez em Nova York, em meados de 2004, quando a dançarina acompanhou seu então namorado, que era modelo, a um teste para a linha de roupas de Diddy, Sean John.

Na época, o magnata do rap prometeu a ela uma “carreira próspera” no entretenimento, afirmando que ela “nunca mais teria que se preocupar em dançar ou fazer strip-tease”. O rapper inicialmente lhe pagou US$ 500 (aproximadamente R$ 2.700) por cada apresentação em suas festas.

Combs também teria prometido lançar a carreira de modelo do então namorado de Adria, além de oferecer outras “vantagens”. Os dois estavam na sede da Bad Boy Records aguardando a chamada do namorado dela, quando um homem saiu furioso da sala onde os testes estavam acontecendo.

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O rapaz foi chamado na sequência e teve a mesma reação que o homem furioso. “Dez minutos, talvez menos, se passam e, de repente, a porta se abre e meu ex está gritando: ‘Foda-se isso, foda-se isso’. E então ele sai furioso e eu fico tipo, ‘O que está acontecendo?'”, recordou English.

A dançarina disse que o então namorado só revelou o que aconteceu depois que os dois deixaram o prédio da gravadora. “Ele está com raiva. Quando saímos do elevador, ele disse: ‘Aquele cara tentou chupar meu pau’. Desculpe-me pela minha linguagem, mas isso foi literal. Ele disse: ‘Aquele cara tentou me pedir para chupar o pau dele’. E eu disse: ‘Quem tentou pedir para você chupar o pau?’. E ele disse – nós o chamávamos de Puffy naquela época – ele disse: ‘Cara, Puffy, ele me pediu para chupar o pau dele’. E eu pensei: ‘O quê?!’ Ele ficou realmente ofendido”, contou.

Adria, por sua vez, disse que depois de ser contratada como “atração” das festas, Diddy não demorou para pedir que ela fizesse “favores sexuais” aos convidados, que foram filmados secretamente. “Ele os mandava para uma sala comigo ou com outra profissional do sexo, gravava e depois segurava isso sobre a cabeça daquela celebridade ou pessoa influente e então basicamente me usava. Foi como um trabalho temporário de alta classe, por assim dizer”, alegou.

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A ex-dançarina disse, ainda, que ele usou as gravações para expandir seu poder e influência em Hollywood. “Ele orquestrou, comandou, alinhou, esperou, manipulou. Ele ganhou dinheiro, iates e aviões por todo o mundo com base nos favores que fiz. Então o que ele fez foi me ameaçar, me manipular, me prometer e não cumprir, não me pagar o que disse que iria me pagar. E descobri que ele estava obtendo ganhos financeiros [com ela fazendo sexo com convidados] em termos de joias, dinheiro, iates e todo tipo de coisas”, detalhou.

“Ele estava negociando. me enviando para a sala com eles para fazer favores sexuais. E então ele estava nos gravando, e não sabíamos que estávamos sendo gravados. Então era isso que ele estava fazendo para chantagear todos de quem ele queria um favor ou para manter afastados”, acusou English.

Tudo chegou ao fim depois que a stripper teria resolvido confrontar Diddy sobre suas promessas não cumpridas, após diversas noites de sexo indesejado nas festas do rapper. Ela parou de trabalhar para Combs em 2009 e fugiu para a Califórnia, quando ele se recusou a ajudá-la a entrar na indústria musical. “Foi quando ele parou de me receber nas festas do branco, me rejeitou e eu voltei para a Califórnia”, afirmou.

Festa do Branco organizada pelo rapper em Beverly Hills, na California, em 2009. (Foto: Jason Merritt/Getty Images/Getty Images for Blueflame)

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“Eu concordei em ir às festas porque antes era fã de todas essas pessoas da Califórnia. Então eu pensei: ‘Claro que sim, por que não ir à festa mais badalada, à festa mais exclusiva, não aberta ao público na casa dele?’. Não foi em um clube, lounge ou salão de banquetes. Era em sua casa que ele morava com os filhos”, ressaltou.

Agora, English espera compartilhar sua história e responsabilizar Combs pelos abusos aos quais ele a submeteu. “Quando vencermos, espero começar uma fundação e/ou uma organização sem fins lucrativos que se concentre especificamente nas vítimas de tráfico sexual, nas famílias e nos amigos afetados por ele”, garantiu.

“Quero usar o dinheiro que tenho, a recompensa monetária, para percorrer o país e reparar os erros que ele cometeu em todo o mundo. Se você tem força para se manifestar, deve acreditar em você até que se prove que você é um mentiroso – não assumir que você é um mentiroso e tentar fazer com que a verdade seja provada como verdade”, finalizou.

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