Sean “Diddy” Combs é acusado de participar de estupro coletivo de garota de 17 anos; rapper se manifesta

Segundo documentos obtidos pelo veículo, a denunciante – que foi registrada como “Jane Doe” (pseudônimo coletivo usados nos EUA quando o nome verdadeiro de uma pessoa é desconhecido ou está sendo ocultado propositalmente) – alegou ter sido estuprada por três pessoas, entre elas Combs e Harve Pierre, presidente da gravadora Bad Boy Entertainment.

À Justiça norte-americana, a jovem relatou ter sido transportada de jato particular de Michigan para o estúdio de Diddy, em Nova York. No local, ela disse ter recebido “grandes quantidades de drogas e álcool” de Combs e seu amigos, que então a teriam violentado.

No processo, “Jane Doe” alegou que Diddy a estuprou na pia do banheiro, enquanto perdia e recuperava a consciência. Na sequência, outros dois homens teriam abusado sexualmente da jovem e Combs assistiu ao ato quando o terceiro homem entrou no banheiro. O terceiro indivíduo, no entanto, não teve sua identidade confirmada na documentação.

Segundo a revista, a vítima decidiu registrar a denúncia após descobrir sobre o processo movido pela estrela do R&B Casandra Ventura, mais conhecida como Cassie. No mês passado, ela acusou Combs estuprá-la e espancá-la por uma década. Depois disso, outras duas mulheres abriram ações contra o rapper por agressão sexual.

Combs entrou em acordo financeiro com Ventura, mesmo alegando ser inocente, e continua negando as outras acusações. Harve Pierre, por sua vez, também foi processado por sua ex-assistente, acusado de aliciar e agredí-la sexualmente. “Ver duas outras mulheres falarem corajosamente contra o Sr. Combs e o Sr. Pierre, respectivamente, deu à Sra. Doe a confiança necessária para contar sua história também”, detalhou o processo obtido pela Variety.

A quarta ação judicial foi registrada sob o estatuto contra a violência motivada por gênero da cidade de Nova York. A lei em torno de casos de agressão sexual foi recentemente ampliada para permitir ações que já teriam sido prescritas devido ao período de tempo desde a ofensa. A queixa, registrada no Tribunal Federal de Nova York, conta com o depoimento da jovem, bem como fotografias dela no estúdio e no colo de Combs, cujo rosto está desfocado nos cliques.

O advogado Douglas Wigdor, representante da denunciante, falou sobre o caso. “Conforme alegado na denúncia, os réus atacaram uma adolescente vulnerável do ensino médio como parte de um esquema de tráfico sexual que envolvia o uso de drogas e álcool e o transporte dela em um jato particular para a cidade de Nova York, onde ela foi estuprada coletivamente pelos três réus no estúdio do Sr. Combs”, afirmou Wigdor em comunicado à imprensa.

“A depravação desses atos abomináveis ​​deixou, não surpreendentemente, marcas em nossa cliente para o resto da vida. Como resultado de ter sido estuprada pelo Sr. Combs, pelo Sr. Pierre e pelo Terceiro Assaltante, a Sra. Doe sofreu um sofrimento emocional significativo e sentimentos de vergonha que atormentaram sua vida e relacionamentos pessoais por 20 anos”, continuou.

Combs quebra silêncio

As constantes denúncias que vieram à tona no último mês pareceram afetar o rapper. Após a repercussão das três primeiras acusações, Sean “Diddy” Combs renunciou ao cargo de presidente da Revolt, emissora musical fundada por ele em 2013.

Em comunicado divulgado hoje, o produtor de sucesso alegou que as denúncias seriam uma tentativa de “assassinar seu caráter”. Leia a íntegra:

“BASTA, É SUFICIENTE. Nas últimas semanas, fiquei sentado em silêncio e observei pessoas tentarem assassinar meu caráter, destruir minha reputação e meu legado. Alegações repugnantes foram feitas contra mim por indivíduos que buscavam um pagamento rápido. Deixe-me ser absolutamente claro: não fiz nenhuma das coisas horríveis que estão sendo alegadas. Lutarei pelo meu nome, pela minha família e pela verdade”, declarou Diddy.

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