Sean “Diddy” Combs tem recebido diversas denúncias desde que foi preso, em 16 de setembro, em Nova York. Em processos civis movidos neste domingo (20), o rapper é acusado de estuprar uma garota de 13 anos, em um quarto com outras duas celebridades, durante uma after party do Video Music Awards.
De acordo com o New York Post, que teve acesso aos documentos, o artista teria drogado e estuprado a menina em uma festa após a premiação musical. O caso teria acontecido em setembro de 2000.
Em um dos processos, a denunciante afirmou que foi atacada após tomar uma bebida, que a fez ficar “grogue” e “zonza” na celebração, segundo ela, regada a drogas. “Procurando um lugar para descansar, a autora entrou no que ela acreditava ser um quarto vazio para poder se deitar por um momento“, descreveu o documento.
“Logo depois, Combs, junto a uma celebridade masculina e uma feminina, entraram no quarto. Combs abordou agressivamente a autora com um olhar enlouquecido, agarrou-a e disse: ‘Você está pronta para a festa’“, detalhou. Ela afirmou que, em seguida, foi imobilizada e estuprada pelo rapper e o outro famoso enquanto a estrela do sexo feminino assistia ao crime.
A vítima contou que Diddy tentou forçá-la a fazer sexo oral, entretanto, ela bateu no pescoço dele, e conseguiu se desvencilhar. A jovem, então, teria pego suas roupas e saído do quarto, “vagando nua pela casa enquanto procurava a saída”. Uma vez do lado de fora, a garota se vestiu e foi até a um posto de gasolina próximo, onde uma funcionária “percebeu sua angústia” e a deixou usar o telefone para ligar para seu pai, conforme o processo.
A menina disse que acabou indo à festa depois de tentar entrar no Video Music Awards sem ingresso, no Radio City Music Hall. Ela relatou ter abordado vários motoristas de limusine do lado de fora do local, incluindo um que trabalhava para Combs e que a convidou para a after party. Ainda segundo a denunciante, o motorista falou que ela “se encaixava no que Diddy estava procurando” e a levou para uma “grande casa branca com uma entrada em forma de U no portão”.
No documento, a garota também contou ter assinado um acordo de confidencialidade impedindo-a de falar sobre o que viu na festa cheia de celebridades. Os nomes dos outros famosos envolvidos não foram revelados, entretanto, ela descreveu ter testemunhado o “uso generalizado de drogas, incluindo maconha e cocaína”. “Após a agressão, a autora caiu em uma depressão profunda que continua afetando todas as facetas de sua vida“, afirmou.
Os novos processos surgem poucos dias após os advogados de Combs solicitarem a um juiz do Tribunal Federal de Manhattan para forçar os promotores a revelar os nomes dos acusadores que têm apresentado as alegações. “Este caso é único, em parte por causa do número de indivíduos que fazem alegações contra o Sr. Combs devido ao seu status de celebridade, riqueza e a publicidade de seu processo previamente resolvido“, argumentaram em carta.
Para eles, o caso “teve um efeito cascata generalizado, resultado em uma torrente de alegações de reclamantes não identificados, abrangendo do falso ao totalmente absurdo“. Segundo os advogados, os nomes precisam ser revelados para que possam se preparar adequadamente para o julgamento, marcado para 5 de maio de 2025.
A defesa do cantor, que tem tentado garantir sua liberdade provisória, entrou com um terceiro pedido de fiança, argumentando que as evidências apresentadas não justificam sua prisão. No entanto, o juiz manteve o rapper sob custódia, afirmando que ele apresenta risco de fuga, devido a sua imensa riqueza e acesso a recursos como jatos particulares.
Sean “Diddy” Combs foi preso em Nova York, no dia 16 de setembro, acusado de tráfico sexual, extorsão e transporte para prostituição. A acusação federal contra ele detalhou alegações de que Combs manipulava mulheres e as fornecia drogas para participar dos chamados “freak-offs”, maratonas sexuais que, às vezes, eram gravadas contra a vontade delas.