Mais desdobramentos do caso de Sean “Diddy” Combs. Nesta segunda-feira (18), o Deadline divulgou informações de que o rapper está sendo acusado de violar regras da prisão e de tentar “influenciar corruptamente o depoimento de testemunhas”, enquanto cumpre pena no centro de detenção federal no Brooklyn, em Nova York.
Em documentos do dia 15 de novembro, o procurador Damian Williams revelou que existem notas de prisão e gravações dos supostos “esforços incansáveis” do magnata da música para pagar possíveis testemunhas. Ele teria utilizado o acesso telefônico de outros detentos por meio de um “serviço de mensagens de terceiros não autorizado”. As ligações seriam para tentar calar outras testemunhas.
O rapper ainda teria ligado para três pessoas com o intuito de adicionar outros indivíduos nas chamadas para dificultar a identificação do grupo. Essa prática é descrita como “não autorizada pelo BOP [Departamento de Prisões dos EUA]”, pois compromete a capacidade de monitorar quem está envolvido nas conversas.
Diddy também teria tentado “influenciar o potencial júri no processo criminal”. Os promotores afirmaram que um vídeo publicado pelos filhos do magnata foi estrategicamente planejado. “Sob orientação cuidadosamente selecionada do réu, os filhos do réu postaram um vídeo em suas respectivas contas de mídia social, mostrando-os reunidos para comemorar o aniversário do réu”, relataram.
O músico teria orientado seus filhos a iniciarem uma “campanha nas redes sociais”, com o objetivo de influenciar um possível júri. Além disso, ele é acusado de vazar anonimamente vídeos favoráveis à sua defesa. O julgamento do caso está agendado para o dia 5 de maio de 2025.
As novas acusações estão nos documentos enviados pela Justiça aos advogados de Sean “Diddy” Combs. Um novo pedido de fiança sob condições de prisão domiciliar e monitoramento 24 horas foi negado. De acordo com a People, os promotores alegaram que o músico utilizou os acessos telefônicos de colegas de prisão e orientou seus parceiros a “pagarem os detentos” por meio de aplicativos de transferência bancária e depósitos em conta.
Por outro lado, Tony Buzbee, o advogado do Texas que representa mais de 120 supostas vítimas de Diddy, está sendo acusado de extorsão. Um homem não identificado alegou que Buzbee está descaradamente tentando extorquir dinheiro dele, ameaçando entrar com um processo repleto de falsas alegações relacionadas a supostas agressões sexuais nas festas do astro.
Ele enviou uma carta de demanda para o advogado do acusador em Nova York, na qual buscou acordo confidencial em nome de dois clientes em vez de um processo. Buzbee falou que nenhuma quantia foi incluída no documento e nenhuma ameaça foi feita, apesar das alegações contra ele. “Eu sou um fuzileiro naval dos EUA. Não serei silenciado ou intimidado. Nem meus clientes”, disse ele em sua resposta a ação.