Em meio às acusações de extorsão, tráfico sexual e transporte para prostituição, Sean Diddy Combs está enfrentando um novo processo. Segundo informações do TMZ, uma mulher anônima entrou com uma ação contra o rapper, alegando que foi drogada e violentada por Diddy, além de ter continuado a sofrer ameaças e intimidações do cantor ao longo dos anos.
Em documentos apresentados na sexta-feira (27) à Justiça norte-americana, a mulher identificada como Jane Doe (pseudônimo utilizado nos EUA quando o nome verdadeiro é desconhecido ou está sendo ocultado) afirma que Combs a agrediu repetidamente ao longo de um período de quatro anos.
Ainda segundo os documentos, um dos encontros resultou em uma gravidez, que terminou após a vítima sofrer um aborto espontâneo.
No depoimento ao qual o TMZ teve acesso, a mulher anônima revelou ter conhecido Diddy no exterior, em 2020. Na época, o rapper a convidou para acompanhá-lo em uma viagem com todas as despesas pagas.
Os dois teriam se relacionado com frequência ao longo de 2021 e 2022, em encontros organizados pela equipe de Diddy em suas mansões em Los Angeles, Nova York e Miami, além de outros locais. No entanto, de acordo com o advogado Joseph L. Ciaccio, as viagens não aconteciam por “vontade própria”; Diddy e sua equipe teriam usado “linguagem coercitiva e de assédio” para fazê-la concordar.
A vítima revelou que as viagens começavam quando motoristas apareciam em sua casa para levá-la até Diddy, deixando-a com a sensação de que não tinha escolha a não ser aceitar.
O envolvimento com Diddy também era forçado, pois ele utilizava fortes bebidas alcoólicas para fazer com que a mulher “cumprisse suas ordens”. A moça diz que a situação atingiu um outro nível de gravidade, quanto Combs a forçou a ter relações sexuais com ele, em abril de 2022, enquanto ela estava hospedada em sua casa na Califórnia.
Às autoridades, a mulher afirmou ter sofrido ferimentos físicos em todos os encontros íntimos com Diddy. Após uma visita em 2022, ela relatou ter deixado a companhia do rapper com “hematomas roxos e uma marca de mordida nos pés”. Apesar disso, a vítima “não se lembra de como sofreu os ferimentos”.
Outra alegação, datada de julho de 2022, revela que Diddy teria feito a então parceira usar cetamina e outras drogas, levando-a a desmaiar. Após esse ocorrido, a mulher disse ter engravidado do rapper.
Nos documentos, ela afirma que uma pessoa próxima de Diddy ligou para ela repetidamente após o episódio, tentando forçá-la a fazer um aborto. No entanto, a vítima relatou ter sofrido um aborto espontâneo em meio ao assédio.
Após perder a criança, ela diz ter tentado se afastar de Diddy. Contudo, o cantor continuou a contatá-la por meio de ligações e mensagens de texto, até que ela concordasse em vê-lo novamente. O assédio persistiu até julho de 2024, em uma tentativa de “controlá-la e intimidá-la”, revelou.
Ao longo dos anos, ela afirmou temer por sua segurança, já que teria visto Diddy “bater e abusar de outras mulheres”. A mulher anônima disse que Combs até encontrou uma maneira de rastrear sua localização e monitorar suas conversas.
Além de ter sofrido traumas físicos e emocionais, ela também alega ter enfrentado prejuízos financeiros causados por Diddy. Na ação, ela pede uma indenização por danos não especificados. Segundo o TMZ, os representantes do rapper não se manifestaram sobre o novo processo.