Na autobiografia “Senhora do meu Destino”, Susana Vieira abriu o coração sobre o que chamou de “os piores dias da sua vida”. Em trecho divulgado pelo jornal Extra nesta quinta-feira (25), a atriz desabafou sobre a traição e morte por overdose do ex-marido Marcelo Silva. Ela contou que, na época, o caso extraconjugal foi descoberto através do noticiário.
O episódio em questão aconteceu em 2008, quando Susana tinha 66 anos e Marcelo 35. “Sempre tive consciência que um amor dura o tempo que tiver que durar. Ao mesmo tempo, quando estou amando, sempre acho que vou viver com aquela pessoa a vida inteira. Não consigo começar uma relação amorosa achando que vão durar dois anos, apenas”, disse ela.
“Acordei um dia com uma traição contada pelos jornais: ‘Marido de Susana Vieira tem uma amante há meses’. Uma traição enorme, com fotos, com provas. Na mesma hora, botei Marcelo para fora de casa, e ele foi morar com a amante em um hotel na Barra”, continuou. A atriz contou que o relacionamento entre os dois começou dois anos antes, em meio ao Carnaval, quando ela foi rainha de bateria da Grande Rio e se apaixonou pelo “tipo e olhos verdes” do rapaz que fazia sua segurança.
A amante, conhecida como Fernanda Cunha, então com 24 anos, disse ter sido agredida por Marcelo depois que a traição se tornou pública. Ela preferiu não prestar queixa, por “receio de uma nova agressão”. Menos de uma semana depois, no entanto, o caso teve uma reviravolta: Marcelo assumiu o romance com a moça ao vivo no programa “A Tarde é Sua“, da Rede TV!”.
No trecho seguinte, a artista contou que foi muito julgada ao se relacionar com um homem mais novo. “Fui ridicularizada. Todos diziam a mesma coisa: ‘Você acha que o cara não iria te trair? E você queria que acontecesse o que com um cara bem mais novo?’. Eu me perguntava se, por um acaso, alguém com 35 anos é um jovenzinho. Ele era um homem. Era o meu marido, não um namorado”, escreveu.
“Não sou imbecil, não era uma menininha para ficar traumatizada com uma traição. Não sou mulher de segurar homem perto de mim o tempo todo. Então, quando as pessoas me perguntavam se eu não achava natural que isso acontecesse, eu respondia que não. Porque ainda acredito no ser humano. Porque não me passa pela cabeça que, quando me apaixono, a sociedade inteira está achando que aquele homem jovem está comigo para me explorar”, completou ela.
Nos capítulos que seguem, Susana afirma que este é o único momento em que parte da história ficará entre ela e a polícia: “Mas posso garantir que foram os piores dias da minha vida. Eu tive que andar escoltada e ter seguranças em minha casa dia e noite”.
Semanas após a separação, Marcelo foi encontrado morto em um apart-hotel na Barra da Tijuca, na Zona Oeste do Rio de Janeiro. Segundo as investigações, ele consumiu cocaína por 13 horas e a causa da morte teria sido overdose. Na obra, Susana relatou que foi foi dada como culpada por parte do público e jornalistas pela morte do ex-policial.
“O que mais me ofendeu e feriu foi a imprensa ter ficado contra mim. Isso foi a coisa mais absurda, abjeta, preconceituosa que já vi. Quem teve uma overdose que o levou à morte foi ele. Quem tinha uma amante era ele. E eu que viro a irresponsável por ter me casado por amor?”, desabafou.
“Diziam: ‘Como você não viu isso antes?’. E por um acaso alguém conhece tanto o outro assim antes de um intenso convívio? Pois se até convivendo diariamente com alguém surpresas desagradáveis podem acontecer”, concluiu a atriz global. O livro, que narra a trajetória da veterana, tem lançamento previsto para o dia 7 de maio.
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