Tata Werneck desabafa sobre dificuldades durante a gravidez, e revela momento delicado com diagnóstico errado da filha; assista

Relato foi feito no programa ‘Assim Como a Gente’, do GNT

Tata Werneck desabafou sobre as dificuldades que enfrentou na gravidez de Clara Maria, de 4 anos, fruto do seu relacionamento com Rafael Vitti. Na noite desta sexta-feira (27), a atriz participou do programa “Assim Como a Gente“, do GNT, com Serginho Groisman e Fátima Bernardes, e se emocionou ao fazer o relato. A humorista também falou sobre o medo que sentiu quando a filha recebeu um diagnóstico errado.

O desabafo de Tatá começou quando Fátima comentou que ninguém está “preparada para uma gravidez difícil“. “Eu sofri muito, passei muito mal mesmo, passei dois meses deitada, não podia levantar para nada, tomei muito hormônio, vomitava 40 vezes por dia. Eu tive urticária no corpo inteiro, tive diabetes“, começou. “Eu fazia ultra duas vezes por semana, não precisava, porque era o momento em que eu lembrava que estava passando mal porque a Cacá estava lá. Ficava fazendo pra entender por que estava passando por tudo aquilo”, narrou.

No entanto, Werneck relembrou que sua atitude causava reprovação. “E as pessoas me julgavam muito por estar reclamando. Eu ouvi coisas muito duras, assim: ‘Você quer ser mãe mesmo? Por que você não tira?’. Eu ficava: ‘Quero ter minha filha, mas eu tenho o direito de entender que o processo das pessoas é diferente e que o meu está sendo muito difícil’“, recordou. “E quando a Cacá nasceu, eu também ouvi coisas duras assim“, acrescentou.

É outro momento delicado o pós-parto, né?“, disse Bernardes. “Muito delicado. Me falaram: ‘Pede desculpas pra sua filha’. Eu me conectei quando ela nasceu, e a primeira coisa que eu falei foi: ‘Filha, me perdoa por não ter tido ainda a dimensão do que é ser sua mãe'”, concordou, emocionada. “A partir dali eu criei essa conexão com a Cacá e tive muito medo, fiquei com muito pânico. Me senti despreparada pra esse amor tão grande. Mas foi muito difícil. E isso não tem nada a ver com o amor imenso, infinito, que eu tenho por ela, só tem a ver com o meu processo”, admitiu. Assista:

Fátima, então, destacou a importância de dar voz a esse tipo de desabafo. “É tão importante falar isso. Eu tive muito enjoo, mas só por três meses, e eu lembro que a gente esteve juntas, você ainda estava com um balde embaixo da bancada pra conseguir gravar. E você continuou trabalhando”, recordou.

“Eu não tive tanto tempo, [apenas] por três meses, mas eu lembro de abrir a cabine e ter que correr pra vomitar também, e pensar assim: ‘Quem disse que ficar grávida é bom?’. E eu quis muito, a ponto de ter feito um tratamento e estar grávida de trigêmeos. Mas é que às vezes é muito difícil mesmo”, disse a apresentadora.“E aí tem uma culpa que vem por conta de uma cobrança que você sabe que acaba chegando até você”, pontuou a jornalista.

Nesse momento, Tatá ainda revelou outra situação delicada que enfrentou ao saber que a filha recebeu um diagnóstico errado ainda quando era bebê. “Eu tinha medo de reclamar e as pessoas acharem que eu não era uma boa mãe. E eu acho que toda mãe fica com medo de não ser uma boa mãe. Assim que ela nasceu a gente passou por coisas muitos difíceis também, que eu nunca falei”, revelou.

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É uma história longa, mas o teste do pezinho que veio errado… Diziam que ela tem uma coisa super séria. Fizemos outro e deu errado de novo, aí fizemos um teste genético que saiu dois meses depois. Aí falaram que ela ia ficar bem. Mas eu passei dois meses olhando pra ela sem saber como eu poderia proteger o maior amor que eu tenho na vida“, explicou.

Foi um processo difícil, mas hoje eu olho pra Cacá e eu falo: ‘Eu passaria por isso um milhão de vezes pra ter ela’. Mas, mesmo assim, não deixou de ser difícil. E é por isso que eu faço questão de não romantizar! Foi realmente um momento muito delicado que não tem nada a ver com a razão da minha vida, que é a minha filha. Aquela senhora que mora comigo e eu amo muito“, finalizou.

Ensinamentos

A humorista ainda foi questionada pela plateia sobre os ensinamentos que passa para Clara Maria. Werneck se emocionou ao responder, e ainda fez Fátima Bernardes chorar. “Eu fui criada pela minha avó e ela era uma mulher de muita fé. Até na hora de morrer, ela falou que estava indo ver Jesus, que estava feliz“, contou.

Tenho uma rotina de orações com a Cacá. Antes de sair, antes de dormir. Fico explicando de uma maneira lúdica, que pequenas coisas são sinais bonitos da vida. Rafa a ensina a cheirar as plantinhas, por exemplo. E isso eu também chamo de fé, olhar para as pequenas coisas“, completou.

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