Tata Werneck relembra crise no casamento com Rafa Vitti, e susto após parto de Clara Maria: ‘Fiquei apavorada’; assista

No “Conversa com Bial”, a atriz abriu o coração sobre as pressões da maternidade, depressão e medo após nascimentos da filha

Nesta sexta-feira (7), Tata Werneck foi a convidada do “Conversa com Bial“. Durante o programa, a humorista abriu o jogo sobre crise no casamento com Rafa Vitti, a depressão e o susto que enfrentou após o nascimento de Clara Maria. Questionada sobre a vida pessoal, Tata relembrou um momento tenso do casamento, quando ela e Rafa teriam enfrentado “problemas de comunicação”.

A situação se desenvolveu durante a pandemia da Covid-19. “Em um momento do relacionamento vivemos uma crise, justamente porque tínhamos perdido a conversa, mas não perdeu a p*taria. Ficamos um tempo como inquilinos na pandemia”, disse ela. “Mas recuperamos, hoje em dia temos amor, conversa e sexo”, garantiu.

O papo também abordou as pressões da web em torno da maternidade de Tata. À Pedro Bial, a atriz contou ter enfrentando um período de depressão durante o puerpério, devido a um diagnóstico equivocado da filha, a pequena Clara Maria.

“Quando a Clara nasceu, o teste do pezinho dela veio errado dizendo que ela tinha uma doença séria, que ela ia ficar cega, surda, e não ia se desenvolver. (…) Eu tinha muito leite e, nesse momento, eu entrei em uma depressão absurda, meu leite secou. O exame genético dela saiu em dezembro, então eu fiquei do final de outubro até dezembro achando que minha filha ia ter algo super sério. E depois ainda veio a pandemia, em que eu havia tido diabetes, engordei 29 quilos, 48% de gordura corporal e eu fiquei apavorada”, confessou.

Tatá Werneck e o marido Rafa Vitti (Foto: ROBERTO FILHO / BRAZIL NEWS)

Tata, então, detalhou os desafios que enfrentou que lhe causaram muitas dores emocionais: “Naquela época diziam que a diabetes e a obesidade eram fatores de risco, então eu olhei pra minha filha, aquele amor que a gente não imaginava ser capaz de sentir, não sabia como me proteger, como proteger as pessoas que amo e proteger a minha filha… Então não consegui amamentar muito tempo por causa desse teste, meu leite secou. Fiquei fazendo translactação, que é passando um canudinho que a criança acha que está mamando”.

“Ela nasceu em 23 de outubro e o teste [confirmando que estava tudo bem] saiu em 18 de dezembro. Mas, nesse momento que eu vi que eu não consegui amamentar minha filha… A gente ouve comentários, às vezes até de mulheres falando coisas assim, tão tenebrosas: ‘Nossa, você não vai amamentar sua filha, existem mães e mães’. Coisas tão horríveis que eu vivi, que eu me afundei. Então eu estava ali, naquele momento do puerpério, na pandemia, sem trabalhar, eu me sentia um lixo, sabe? Eu não sabia quem eu era, eu não me reconhecia em nenhum lugar. E eu não sabia se isso era por causa do puerpério ou da pandemia”, admitiu ela.

Tata também refletiu sobre as críticas que recebeu, enquanto o marido era elogiado online. “O Rafa é um pai maravilhoso”, ressaltou. “Mas por fazer mais do mínimo, ele é um herói. E sempre as pessoas estão sempre me cobrando. Se fosse o contrário: um homem que trabalha tanto e ainda é um pai maravilhoso, esse cara seria louvado”, lamentou ela.

Em outro trecho, a atriz destacou que a misoginia da sociedade também se estende à presença de mulheres no universo humorístico. “Os homens são sempre colocados nessas categorias de extrovertidos, criativos e geniais, e a minha mãe sempre me disse que as mulheres extrovertidas tendem a ser mal interpretadas. Desde nova, ela me dizia isso, porque eu sempre levava a culpa por coisas que eu fazia e que não fazia. (…) Qual o aval que dão pra eles serem brilhantes, e são, e pra uma mulher ser maluca, indisciplinada, inadequada, sempre foi assim”, observou.

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Filhos

Apesar das dificuldades na gravidez, Werneck confessou desejar mais filhos. “Eu pretendo e Rafa também. A minha gravidez foi de fato muito difícil. Fiz questão de reclamar sobre a minha gestação, porque não ouvia mulheres reclamando. Quando eu falava que estava sendo difícil, fui muito criticada”, declarou.

Ela ressaltou que, apesar disso, é preciso considerar diversos fatores na decisão de aumentar a família, entre eles a carreira. “Tive diabetes, fiquei dois meses deitada sem poder levantar, vomitava 40 vezes por dia, tive urticária no corpo inteiro, mas tenho vontade de ser mãe de novo e isso tem um pouco a ver com o mercado de trabalho. Tenho que sair um pouco de cena e isso para a mulher também é um pouco desnivelado. Fico pensando: ‘Será que engravido agora’?”, disse.

Por fim, Tata não segurou a emoção ao falar de Clara Maria e as mudanças causadas pela maternidade. “Ter saúde para ver minha filha crescer é o que mais me importa hoje em dia. É engraçado que os sonhos mudam. Antigamente pensava em coisas profissionais hoje acordo muito feliz por estar viva, assim como meus pais, minha filha e meu marido”, concluiu.

Tatá Werneck ao lado do marido, o ator Rafa Vitti, e da filha, Clara Maria (Foto: Reprodução/Instagram)
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