Durante a “Forces of Fashion”, conferência organizada pela Vogue, as modelos do momento Kendall Jenner, Gigi Hadid, Ashley Graham e Paloma Elsesser sentaram juntas para discutir assuntos atuais referentes às mulheres e ao mundo da moda, como equívocos, carreira e evolução. Ashley, em especial, teve muito a contribuir: a beldade começou falando que a diversidade nunca foi tão importante quanto agora. Segundo ela, com as redes sociais, as pessoas tiveram a oportunidade de dizer às grandes publicações que queriam se ver representadas nas páginas das revistas.
Porém, Gigi também lembrou o lado ruim dos comentários na internet: “Eu amava o meu corpo quando era mais curvilínea, e quando eu emagreci as pessoas foram tão malvadas”, desabafou sobre as críticas que recebeu (e recebe até hoje) sobre sua magreza.
Ela acrescentou também que sua mãe só a deixou modelar aos 18 anos, depois de terminar o colégio, e que apesar de não ter gostado disso na época, hoje agradece pela decisão de Yolanda Hadid, pelas experiências que pôde viver na adolescência, e disse que não mudaria nada em sua trajetória. “Vale muito a pena esperar”, garantiu.
E Kendall, que também começou a carreira de modelo com a mesma idade, concordou: “Eu sou mais confortável comigo mesma agora”, disse, para em seguida admitir que com o tempo, também se sente mais empoderada. Ela ainda disse que ama seu trabalho e que quer ele sobreviva ao tempo, mas que seu grande exemplo é Cindy Crawford, que além de ter uma carreira maravilhosa, também tem uma família linda.
Falando em empoderamento, Ashley trouxe à tona o movimento #MeToo, que começou na indústria cinematográfica, mas que também afetou a moda. Todas concordaram sobre os benefícios da iniciativa: os homens estão ficando mais sensíveis e as mulheres estão se expondo mais, contando suas experiências e histórias. Segundo a modelo plus size mais famosa do mundo, também há mais respeito com o corpo das modelos nos estúdios, porém as pessoas precisam compreender melhor sobre o que se trata o movimento: “Eu tive pessoas no set tentando pentear o meu cabelo e dizendo ‘eu não quero causar um momento #MeToo’. Isso é tão insensível”. Ashley disse com seriedade que é preciso ter mais empatia, porque ninguém sabe pelo que a pessoa ao lado está passando, e que se você não tem ideia sobre o que é o #MeToo, é só procurar, porque está em todo lugar.
Sobre imagem corporal, confiança e limites próprios, Gigi admitiu: “Algumas pessoas se sentem confiantes e animadas em ficar peladas. E isso é ótimo. Eu queria ser uma dessas pessoas, mas não sou e eu aceitei isso sobre mim mesma”. Então, no mesmo assunto, em uma brincadeira com a modelo Paloma Elsesser, Ashley riu: “O único motivo de eu tirar fotos peladas é porque eles não conseguiam achar roupas que me servissem até recentemente”.
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