Virginia Fonseca presta depoimento nesta terça-feira (13), na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) das Apostas Esportivas, conhecida como CPI das Bets. Durante a oitiva, a influenciadora foi questionada sobre supostos ganhos financeiros com as perdas de seus seguidores nas plataformas de apostas.
Em janeiro deste ano, em reportagem da revista Piauí, um empresário envolvido na negociação apontou que Virginia ganharia 30% de tudo o que seus seguidores perdiam, através da chamada ‘cláusula da desgraça’. Ela ainda teria recebido um adiantamento de 50 milhões de reais pela parceria.
A influencer negou a acusação e explicou que, em seu contrato com a Esportes da Sorte, estava previsto o recebimento de 30% caso o lucro da empresa dobrasse – sem qualquer relação direta com prejuízos dos apostadores. Fonseca afirmou que nunca recebeu o valor, porque a empresa não chegou a alcançar o montante. Sobre os 50 milhões de adiantamento, a influenciadora disse que a informação não procede.

“Fechei meu contrato com a Esportes da Sorte e, se eu dobrasse o lucro deles, receberia 30% a mais da empresa. Em momento algum sobre perdas dos meus seguidores. Nunca teve isso no contrato, meu contrato não tem nada de anormal. Nem foi atingido esse valor, nem foi dobrado. Então, eu nunca recebi 1 real a mais do que o meu contrato de publicidade que eu fiz por 18 meses”, apontou a empresária.
Fonseca reafirmou ter recebido um valor fixo: “Era um valor fixo. Se eu dobrasse o lucro, eu receberia 30% a mais da empresa. Lembrando que, isso era uma cláusula padrão. Na época, todos os meus contratos eram assim com outras empresas, não era só de Bets”.
Ainda no depoimento, Virginia declarou que sempre deixa claro, em suas postagens, que se trata de um jogo de apostas, com chances tanto de ganho quanto de perda. A influenciadora também destacou que o conteúdo é direcionado exclusivamente para maiores de idade, como exigido por lei: “Quando eu posto, eu sempre deixo muito claro que é um jogo e que pode ganhar e pode perder, e que menores de 18 anos são proibidos na plataforma. Se [as pessoas] possuem qualquer tipo de vício, o recomendado é não entrar, e para jogar com responsabilidade. Eu coloco sempre todas as imagens exigidas pelo CONAR. Eu sempre deixo isso claro”.
A empresária disse que nunca influenciou seus seguidores a acreditarem que o jogo mudaria a vida deles. “Eu nunca falei para as pessoas entrarem para fazerem o dinheiro da vida delas. Eu nunca pontuei isso. Estou falando por mim, não sei como outros influenciadores fazem”, concluiu. Assista:
“Quando eu posto, eu sempre deixo muito claro que é um jogo, que pode ganhar e pode perder. Sempre deixo isso claro, nunca falei que é para a pessoa entrar para fazer o dinheiro da vida dela”, disse a influenciadora Virginia em seu depoimento à CPI das Bets, nesta terça (13). pic.twitter.com/TUwFUVvJrM
— TV Senado (@tvsenado) May 13, 2025
Siga a Hugo Gloss no Google News e acompanhe nossos destaquesAo vivo: oitiva da comissão parlamentar de inquérito que investiga as apostas on-line, conhecidas como #bets. A convocada é a apresentadora, influenciadora e empresária #Virginia Pimenta da Fonseca Serrão Costa. #CPIdasBets @virginiafsc https://t.co/2neBCwqKcD
— TV Senado (@tvsenado) May 13, 2025