Por todo o globo, a pandemia do coronavírus tem feito muitos mudarem seus hábitos. Esse é o caso de Wesley Safadão. Em entrevista ao jornalista Leo Dias, o cantor revelou suas preocupações quanto à doença e falou de planos para após a quarentena. Segundo ele, vai ser difícil sentir-se seguro novamente.
Para Safadão, a segurança virá apenas com os avanços da ciência. “Enquanto não arrumar um remédio, uma vacina, eu particularmente não mandaria o meu filho para a escola”, disse o artista, que enxerga a situação de modo categórico. “Acredito que não tem mais o normal, vai ter o novo normal”, acrescentou.
Por conta do cancelamento de shows presenciais, sua rotina teve que se adaptar totalmente – acompanhada da incerteza sobre retorno financeiro. “Estou acostumado a fazer 20 shows por mês, hoje estou fazendo um, sem saber o que é que vou ganhar. Ninguém estava preparado para uma situação como esta, mas sei que vou ter que me adequar ao novo momento”, explicou Wesley.
De qualquer forma, Safadão não pretende voltar à vida agitada que levava. “Quando tudo voltar, não quero voltar da forma como vivia antes, em uma vida louca, sobe e desce”, revelou. Ele antecipou sua nova prioridade. “Não vou mentir que bate saudade das loucuras que nós vivemos, mas quero realmente poder conviver mais com as pessoas que amo, viver mais momentos com os meus amigos. Vi que a gente precisa de muito pouco para viver”, adicionou.
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Após ter reduzido 50% do salário de seus músicos, Wesley justificou o que o levou à decisão. “Estamos planejando a volta para outubro, mas não sei se volta. Então, temos sete, oito meses sem faturamento. Como consigo manter uma empresa com todo mundo empregado ganhando salário 100%? Não consigo. Mas não estou dormindo bem! Porque sei que, além da minha família, que é gigantesca, tem pessoas que não posso abandonar nesse momento”, ele alegou.
O cantor acredita que as lives gratuitas serão um legado da quarentena, e que seguirão bombando quando isso acabar. “Vai ser um novo momento. ‘Voltaram os shows, beleza, vamos aos shows!’. Mas, sei lá, penso: pelo menos um show por mês quero que seja transmitido pelo YouTube. Não tem aquele show que é especial? Este momento, no meu ponto de vista, é um momento de união, não de brigar com a emissora, de brigar com plataformas”, opinou.
Além de todos outros fatores, Wesley também lamentou a situação política do país. “Você [pensa]: ‘Meu Deus, o que vai ser do nosso país, Jesus?’. A gente vê um momento tão difícil, tão delicado para todo o mundo, e a gente vê essas vaidades políticas acontecendo de um lado para o outro”, ele respondeu, ao ser questionado sobre as reações às notícias recentes.
O dono do hit “Romance com Safadeza” aparentou estar preocupado com uma crise política. “O que vai ser do nosso país? Quanto mais essa briga acontecer, mais prejudicados todos nós seremos. Parece que não é só o coronavírus que está afetando o país, sabe? A política está afetando talvez até mais”, sugeriu.
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