“Ataque dos Cães”: Astro dá a MELHOR resposta após críticas homofóbicas de Sam Elliott sobre o longa

Kodi Smit-McPhee e Benedict Cumberbacth se manifestaram após o ator dizer, em um podcast, que o filme era um “pedaço de m*rda”

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“Ataque dos Cães”, drama da Netflix, agradou os críticos e conquistou doze indicações ao Oscar — mais do que qualquer outro filme, neste ano. Há, entretanto, quem tenha desgostado da produção. Astro de muitos faroestes ao longo da carreira, Sam Elliott disse que o longa é um “pedaço de m*rda”, durante participação no podcast “WTF”, de Marc Maron.

Enquanto fazia comentários sobre o que ele chamou de “evisceração do mito americano”, Elliott comparou os cowboys do filme a dançarinos que estariam “correndo o tempo todo sem camisa” e se mostrou descontente com as “alusões à homossexualidade”, tema central não apenas de “Ataque dos Cães”, como do livro de 1967 no qual é baseado. Na história, o protagonista, que é um cowboy bronco, esconde que é gay.

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Sam ainda criticou o fato de ser Jane Campion, uma mulher neozelandesa, quem está à frente do longa: “Ela é uma diretora brilhante. Adoro seus trabalhos anteriores. Mas que c*ralhos essa mulher de lá debaixo, da Nova Zelândia, sabe do Oeste Americano? E por que c*ralhos ela roda esse filme na Nova Zelândia, chama de Montana e diz ‘é assim que era’?”.

Em entrevista à Variety, Kodi Smit-McPhee, um dos astros da produção, mostrou que não se incomodou com as críticas. Questionado sobre o que gostaria de dizer ao veterano do cinema, o jovem saiu por cima e se limitou a dizer: “Nada, porque sou um ser maduro e sou apaixonado pelo que faço. E realmente não coloco energia em nada além disso, no máximo, dou umas risadas. Então, boa sorte para ele”. Uau!

Cumberbatch, por sua vez, tinha bastante a dizer sobre os comentários de Elliott. Em coletiva do BAFTA, o ator declarou: “Tenho tentado evitar falar sobre essa estranha reação que ocorreu em um podcast. Não entrarei em detalhes, mas alguém realmente se sentiu ofendido sobre como o Velho Oeste foi retratado. Essas pessoas (do filme) ainda existem em nosso mundo. Seja na porta de nossas casas, na estrada ou alguém que encontramos em um bar… Há agressão, raiva, frustração e uma incapacidade de controlar ou saber quem você é, que causa danos a essa pessoa e, como sabemos, danos aos que a rodeiam. Não há mal em olhar para um personagem para entender a origem disso”.

“Além desta reação, há esse tipo de negação de que qualquer pessoa poderia viver de outra forma sem ser numa existência heteronormativa por conta do que elas fazem para viver ou de onde elas nascem. Há ainda muita intolerância contra a homossexualidade e em relação à aceitação de qualquer tipo de diferença. Quanto mais olhamos para debaixo do capuz da masculinidade tóxica e tentamos descobrir as raízes disso, mais chances temos de lidar com isso, maiores serão as chances de sabermos lidar com isso quando [essas questões] surgirem com as nossas crianças”, concluiu o ator.