“Madame Teia” não agradou aos fãs e foi considerado, até o momento, um dos maiores fracassos da história dos quadrinhos no cinema. Em entrevista à Bustle, publicada nesta terça-feira (5), Dakota Johnson, protagonista do filme, falou sobre as críticas e revelou que não ficou surpresa com a má recepção do público.
Segundo a Variety, o live-action sobre Cassandra Webb, do universo do Homem-Aranha, arrecadou apenas US$ 40 milhões, ou seja, R$ 198 milhões, até agora nas bilheterias dos Estados Unidos. Quanto ao faturamento mundial, o longa permanece abaixo da marca de US$ 100 milhões, cerca de R$ 495 milhões, após três fins de semana desde o lançamento.
O filme ainda acumula baixa avaliação no Rotten Tomatoes, especializado em críticas de cinema e televisão. Questionada sobre o assunto pela Bustle, Dakota surpreendeu ao dizer que já esperava pelo fracasso. “Infelizmente, não estou surpresa que isso tenha ido por água abaixo do jeito que foi“, admitiu a atriz.
“É muito difícil fazer filmes, e nesses grandes filmes que são feitos – e isso está começando a acontecer até com os pequenos, que é o que realmente me assusta – as decisões estão sendo tomadas por comitês, e a arte não vai bem quando é feita por um comitê. Os filmes são feitos por um cineasta e uma equipe de artistas ao seu redor“, explicou.
“Você não pode fazer arte baseada em números e algoritmos. Há muito tempo que sinto que o público é extremamente inteligente e os executivos começaram a acreditar que ele não é. O público sempre será capaz de sentir o cheiro de uma bobagem. Mesmo que os filmes comecem a ser feitos com IA (Inteligência Artificial), os humanos não vão querer vê-los“, opinou Johnson.
Ainda assim, Dakota se mostrou satisfeita por ter feito “Madame Teia”. A artista, porém, ponderou que não pretende filmar nada nessa linha novamente. “Para mim, foi definitivamente uma experiência fazer aquele filme. Eu nunca tinha feito nada parecido antes. Provavelmente nunca mais farei algo parecido porque não faço sentido naquele mundo. E eu sei disso agora“, pontuou. Ela ainda declarou que o projeto original teria passado por uma série de mudanças.
“Às vezes, nesta indústria, você assina algo, e é uma coisa. E à medida que você tá fazendo isso, torna-se outra coisa completamente diferente, e você fica tipo, ‘Espere, o quê?’. Mas foi uma verdadeira experiência de aprendizado e, claro, não é legal fazer parte de algo que foi detonado, mas não posso dizer que não entendo o motivo. É por isso que tenho minha própria empresa. Em um filme como esse, não tenho nada a dizer sobre“, finalizou.
Desde fevereiro de 2020, Dakota comanda uma produtora independente, a TeaTime Pictures. Em sua carreira, a estrela acumula outros filmes conhecidos, como a trilogia de “Cinquenta Tons de Cinza”, “A Rede Social” e o elogiado “A Filha Perdida”.