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Emma Stone também avalia processar Disney pelo lançamento de “Cruella” em streaming, diz jornalista

Emma Stone também avalia processar grupo Disney pelo lançamento de "Cruella". (Reprodução Disney/Divulgação)

Emma Stone também avalia processar grupo Disney pelo lançamento de "Cruella". (Reprodução Disney/Divulgação)

O grupo Disney pode sofrer mais um processo nos próximos dias. Após Scarlett Johansson abrir uma ação judicial contra a The Walt Disney Company, Matt Belloni, ex-editor do “The Hollywood Reporter”, revelou que Emma Stone está “considerando suas opções” para fazer a mesma coisa. Eita! Segundo Johansson, houve uma quebra de contrato no lançamento de “Viúva Negra” – que chegou ao mesmo tempo nos cinemas e no serviço de streaming Disney+. O mesmo aconteceu com “Cruella“, estrelado por Stone.

O argumento é que o lançamento simultâneo prejudica a arrecadação dos filmes, o que teria diminuído os cachês das protagonistas, já que a remuneração é “em grande parte, baseada nas receitas de bilheteria” ao redor do mundo. Em sua newsletter desta sexta (30), na qual o jornalista fala sobre os bastidores do mundo do entretenimento, Belloni sugere que a atriz Emily Blunt também pode se manifestar, após a estreia do longa “Jungle Cruise” neste fim de semana.

A bilheteria de “Cruella” foi de aproximadamente US$ 225 milhões (cerca de R$ 1,3 bilhões na cotação atual). O valor é mais do que o dobro do orçamento do filme, mas ainda menos do que o esperado, de acordo com críticos de cinema especializados. Ainda segundo informações do jornalista, fontes próximas ao estúdio disseram que a “Disney é difícil de lidar” em situações como esta e que vários artistas estavam esperando “alguém grande” ficar sob os holofotes e criticar a empresa, para que todos eles “pudessem se unir”. Vixe!

Emma Stone deu vida à vilã Cruella De Vil no live-action da Disney (Foto: Divulgação)

Em resposta ao processo movido por Johansson, o representante do grupo detonou a atitude da atriz e chegou a divulgar o salário dela, alegando que foi mais do que o combinado e chamando a ação de um “desrespeito cruel pelos horríveis e prolongados efeitos globais da pandemia de covid-19. Agora, a pergunta que fica é se a possível adesão de Emma Stone ao movimento pode atrapalhar a sequência — já confirmada — de “Cruella”.

Ainda na newsletter, intitulada “What I’m Hearing” (“O que estou ouvindo”, em tradução livre), há um outro nome que, supostamente, não está nada satisfeito com a Disney: o chefe da Marvel Studios, Kevin Feige. “Me disseram que ele está zangado e envergonhado. Ele pressionou a Disney contra o plano para a ‘Viúva Negra’, preferindo a exclusividade da tela grande e então, quando ‘a m**** atingiu o ventilador’, o filme começou a afundar, e a equipe de Johansson ameaçou um processo. Ele queria que a Disney acertasse as coisas com ela”, afirmou Belloni. É, parece que a situação da empresa não está das melhores…

Entenda o caso

Segundo a ação judicial movida por Scarlett nesta quinta-feira (29), a atriz conseguiu “uma promessa da Marvel” de que a estreia de “Viúva Negra” seria voltada aos cinemas. Contudo, não foi o que aconteceu… Após essa condução do público ao streaming, o processo alega que a Disney quis apenas aumentar seu número de assinantes e valorizar o preço de suas ações na bolsa.

O time de Johansson ainda apontou que, em decorrência dos incentivos ao streaming, executivos da Disney teriam faturado milhões de dólares a mais no ano passado. “A divulgação dos resultados financeiros da Disney deixa claro que cada um dos executivos que orquestraram essa estratégia se beneficiará pessoalmente de sua má conduta e da má conduta da Disney”, argumentou o texto.

A estreia de “Viúva Negra” no Disney+ ocorreu em detrimento do contrato com Scarlett Johansson, no qual ela é beneficiada pelo sucesso nos cinemas. (Foto: Reprodução/Disney+)

O advogado de Scarlett, John Berlinski, também emitiu um comunicado tratando do assunto. “Não é segredo que a Disney está lançando filmes como ‘Viúva Negra’ diretamente no Disney+ para aumentar seus assinantes e assim turbinar o preço das ações da empresa – e isso está escondido por trás do pretexto da Covid-19 para fazer isso. Mas ignorar os contratos de artistas responsáveis pelo sucesso desses filmes, em apoio dessa estratégia míope, viola os direitos deles, e estamos ansiosos para provar isso no tribunal. Esse certamente não será o último caso em que talentos de Hollywood se levantam contra a Disney e deixam claro que, não importa o que a empresa possa fingir, ela tem uma obrigação legal de honrar seus contratos”, disse a nota.

Um porta-voz do grupo Disney também se manifestou, dizendo que o processo “não tem qualquer mérito”. A Disney cumpriu integralmente o contrato da Sra. Johansson e, além disso, a liberação de ‘Viúva Negra’ na Disney+ com Premier Access aumentou significativamente a sua capacidade de ganhar uma compensação adicional, para além dos US$ 20 milhões (pouco mais de R$100 milhões) que recebeu até a data”, disse o representante à revista Variety.

A equipe de Scarlett Johansson acredita que a Disney rompeu com o contrato pensando apenas no lucro da empresa e de seus executivos. (Getty/Reprodução; Disney+)

Com o lançamento de “Viúva Negra” no Disney+, o longa tornou-se o primeiro blockbuster do streaming e a maior estreia dos tempos de pandemia, chegando a uma arrecadação mundial de US$ 215 milhões (cerca de R$ 1,08 bilhão) apenas no primeiro final de semana. Porém, já na semana seguinte, o filme registrou a maior queda de bilheteria da história da Marvel Studios. Pelo visto, Scarlett está mesmo disposta a comprar essa briga com a gigante do entretenimento…

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